A defesa de Marcos André Vilalba entrou com pedido nesta terça-feira (16) para que o crime cometido contra a jovem Carla Santana Magalhães que foi assassinada e estuprada depois de morta em junho de 2020, no em seja apenas de homicídio desqualificando como feminicídio.

De acordo com a defesa, Marcos confessou o homicídio, assim como, o vilipendio de cadáver, mas nunca o feminicídio. De acordo com a advogada, o acusado não cometeu o assassinato em decorrência do gênero feminino e que quando questionado durante o interrogatório os motivos para o assassinato teria respondido, “Não sei explicar o motivo”.

Ainda de acordo com a defesa, Marcos não mantinha nenhum tipo de relacionamento amoroso com Carla e que nada comprovava que o autor desprezasse a vítima por sua condição feminina ou qualquer outro elemento que pudesse justificar a qualificadora de feminicídio.

Por fim, a defesa pede a reforma da pronúncia para excluir a qualificadora de feminicídio. No dia 11 de fevereiro foi determinado que Marcos será julgado no dia 7 abril, menos de 1 ano após o assassinato da jovem.

Marcos será julgado pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo fútil, com tortura ou outro meio insidioso ou cruel, também por emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. Ele também responde por estupro e vilipêndio, além de .

Assassinato de Carla

No dia 30 de junho e 2020, por volta das 19 horas, Carla foi raptada por Marcos na Rua Nova Tiradentes, no Tiradentes, onde ela e o autor moravam. Eles eram vizinhos e a vítima foi imobilizada pelo réu com um ‘mata leão'. Após o aplicado pelo rapaz, Carla desmaiou e foi levada para dentro da residência dele.

Segundo a denúncia, Marcos deu golpes de faca no pescoço de Carla e ainda fez um corte profundo. Após a morte da vítima, o acusado ainda vilipendiou o cadáver, praticando sexo com a vítima morta. Ainda consta nos autos que o crime foi praticado por Marcos sob alegação de que no dia anterior Carla o teria ignorado quando foi cumprimentada por ele.

Após os crimes, Marcos deixou o corpo de Carla escondido embaixo da cama por três dias, até que levou a vítima para uma conveniência, na esquina. Foi no início da manhã daquele dia 3 de julho que parentes de Carla que saíam para trabalhar encontraram a vítima. Com o corte profundo no pescoço e sem as roupas, Carla foi encontrada morta.

Após as investigações, Marcos foi preso por equipes da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) duas semanas após o crime, com apoio do Batalhão de Choque.