Sem conseguir ouvir o namorado de Anderci da Silva de 44 anos assassinada com um tiro nas costas, em uma tentativa de furto, o inquérito que apura as circunstâncias da morte teve de ser prorrogado por mais 30 dias, segundo o delegado que cuida do caso Enilton Zalla da 2º Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande.

De acordo com Zalla, os resultados dos exames da perícia na bala que foi recuperada do Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) ainda não ficou pronta, assim como, os resultados da perícia feita no carro do namorado de Anderci, que ainda não prestou depoimento por estar internado em uma clínica de reabilitação.

Ainda de acordo com Zalla, caso ele novamente se recuse a prestar esclarecimentos neste mês, uma condução coercitiva não é descartada para que ele seja ouvido.

Quando as investigações ainda eram conduzidas pela 3ª Delegacia de Polícia, o companheiro de Anderci prestou depoimento inicial. O caso foi encaminhado para a 2ª Delegacia. Isso porque a professora foi deixada por uma caminhonete – que seria diferente do veículo acertado pelos disparos, um VW Gol – em um particular da cidade. Após a confirmação do local onde o crime ocorreu, constatou-se que a região era de responsabilidade da 2ª DP.

Conforme informações obtidas pelo Jornal Midiamax, a Polícia Civil já confirmou que o casal estava furtando uma bicicleta no momento do crime. As alegações foram coletadas pela polícia a partir de relato do namorado de Anderci, que participava junto com ela. Outra declaração que será confirmada nesse novo depoimento, é sobre possíveis ameaças de morte que ele fazia para Anderci durante o relacionamento.

O carro também estava com vestígios de sangue e uma perfuração localizada no porta malas, na região do banco traseiro, onde estaria a vítima. A princípio, também é descartada a hipótese de que o disparo teria sido feito de dentro do veículo. A professora foi atingida nas costas.

Deixada em Hospital

De acordo com o boletim de ocorrência, registrado na época, Anderci foi deixada em um hospital particular da Capital por uma caminhonete prata, com um ferimento nas costas, causado por arma de fogo.

Boletim médico divulgado neste domingo (21) durante o dia informava que a professora estava em estado grave e que ela teve uma queda na pressão arterial, “chegando quase a zero”. A atualização, datada com a hora de 12h51, constava como paciente “com alta chance de falecer nas próximas 24h”.

A comoção dos amigos tomou contas das redes sociais após a notícia do falecimento. “É assim que vou sempre me lembrar da amiga Anderci da Silva: muher forte, guerreira, lutadora, professora, sindicalista, cutista, petista, mãe, amiga…”, escreveu uma. “Perdi uma grande amiga, parceira de lutas e companheira de caminhada. Você nos deixou e agora fica um vazio”, postou outro.