Nesta semana, foi desqualificada a imputação de crime doloso contra a vida, atribuída à mulher de 20 anos, acusada da morte do marido Elias Rodrigues da Silva, 22 anos. Ele morreu em setembro de 2020, após ser atingido com uma facada na região da clavícula, e a autora alega legítima defesa.

A decisão é do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. Na sentença, foi desqualificado o crime doloso, ou seja, com intenção. Também foi mantida monitoração por tornozeleira eletrônica para a autora, por entender que ainda estão presentes os fundamentos para isso.

De acordo com o magistrado, não restou provado que a mulher teve a intenção de matar Elias. Foi analisado que a autora relatou que estava em vias de fato com o marido, quando pegou a faca de serra para se defender e o atingiu. O golpe dado pela autora e o ferimento causado, comumente não causariam a morte, porém provocaram a mote de Elias por choque hipovolêmico.

Mesmo após o homicídio, a mulher permaneceu no local, aguardou a polícia e assumiu a autoria.

Relembre o caso

Em depoimento à polícia, a jovem contou que é mãe de duas crianças, de 2 e 3 anos, que ficaram aos cuidados da avó materna. Também disse que as brigas eram constantes e já tinha se separado 4 vezes do marido por causa disso.

Assim, relatou que na noite do crime teve uma discussão com o marido, momento em que ele a xingou e subiu em cima dela, tentando enforcar a jovem. Então, com a faca de serra que ela tinha em mãos, acabou dando um golpe na região da clavícula do rapaz.

Com isso, uma artéria foi atingida e Elias morreu no local. Ainda para a polícia, a jovem disse que não tinha intenção de matar, apenas de se defender. Ela acabou detida por homicídio simples e foi liberada provisoriamente.