A mulher, de 45 anos, presa por equipes do Batalhão de Choque nesta quinta-feira (16), em Campo Grande, após cometer arrastão a vários comércios da Capital, disse que era obrigada a praticar os assaltos junto do namorado, com quem estava há quatro dias mantendo um relacionamento amoroso. 

Em depoimento, a mulher contou ser usuária de drogas e que conhecia o autor há quatro dias com quem estava namorando, e que ele a estava obrigando a cometer os assaltos. Ela também falou que já havia cumprido pena de seis meses em regime fechado.

A mulher relatou que o homem dava em troca para ela estadia, drogas e comida, e que o casal sempre pernoitava em motéis após os roubos. Já o homem preferiu se manter calado, dizendo apenas que já havia cumprido pena de quatro meses pelo crime de roubo. 

Os dois têm várias passagens pela polícia por tráfico de drogas, receptação e furto. 

Os roubos

Os militares receberam a informação de que o casal havia roubado uma farmácia na rua Padre João Crippa e outra na rua Paraisópolis, além de uma lanchonete na rua Joaquim Manoel de Souza. Uma testemunha contou que um homem moreno com capacete preto levantado sobre a cabeça, com casaco cinza-escuro e com camiseta vermelha havia comprado um remédio, e logo após digitar seu CPF para fazer o pagamento anunciou o assalto.

Da farmácia, o bandido levou R$ 160. Em  diligências pelo bairro Nhanhá, a polícia fez batidas em motéis da região, descobrindo que eles estavam hospedados em um dos estabelecimentos. Dentro do quarto estava o casal. A arma usada para cometer os crimes estava escondida embaixo do colchão. O armamento era um simulacro. No dia 13 deste mês, os bandidos roubaram uma lanchonete, na Avenida Afonso Pena, no Bairro Amambai.

Já no dia 14, eles roubaram uma lanchonete na rua Euclides da Cunha, no Jardim dos Estados, e outra lanchonete, na rua Clineu da Costa Moraes, no Jardim Leblon. E, no dia 15 deste mês, um mercado na Avenida do Cafezais, outra lanchonete, na rua Joaquim Manoel de Souza, uma farmácia na rua Paraisópolis, no bairro Santo Eugênio, e mais uma farmácia, na rua Padre João Crippa, no Centro.