De acordo com o hospital, a criança teve queimaduras de 2º graus superficial em face e tórax superior por álcool e queimadura de 1º grau no tórax inferior e abdômen, sendo iniciado tratamento de antibioticoterapia. O menino está consciente, respirando sem ajuda de aparelhos e em melhoras.

Prisão da avó

Na noite de quinta-feira (27), a Polícia Civil foi acionada para ir até o posto de saúde, onde tinha dado entrada o menino de 8 anos, com queimaduras de 2º grau no tronco, pescoço e rosto. Segundo os profissionais de saúde, o menino teria chegado sozinho ao posto pedindo ajuda.

Equipe do SIG (Setor de Investigações Gerais) fez busca pelos pais da criança, que não foram encontrados, quando soube que o garoto estava sendo cuidado pela avó. A mulher foi localizada embriagada, na rua. Aos investigadores, a suspeita alegou que não estava supervisionando o menino, que não o levou ao hospital e que não tinha responsabilidade sobre ele. Ela chegou a contar que viu o menino em chamas e que ele foi socorrido por um desconhecido.

Para a polícia, houve negligência com os cuidados da criança. A mulher foi presa em flagrante por abandono de incapaz, com resultado de lesão corporal grave.

Versão do pai

O pai do menino relatou que a avó não tem a guarda da criança, mas que cuidava do neto enquanto o pai trabalhava. Ele negou que a mulher de 57 anos tenha omitido socorro à criança e que ela teria saído para pedir ajuda ao ver o menino em chamas.

Segundo o homem, o filho brincava com outras crianças e, em um momento de distração, a avó não percebeu que ele estava com o litro de álcool. O pai confirmou que a avó da criança ingeriu bebidas alcoólicas, mas nega que ela tenha sido omissa em socorrer a vítima.

Ele conta que a mulher viu o menino em chamas e saiu correndo para pedir ajuda à madrasta da vítima. Enquanto isso, pessoas que trabalhavam na obra de pavimentação asfáltica na rua teriam feito o socorro. O pai disse ainda que a avó do menino não tem celular e o que aconteceu foi um acidente e não uma omissão.