Membros do PCC que planejaram atentado contra agente penitenciário são condenados
Crime aconteceu em 2016 e vítima ficou paraplégica
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Em 31 de agosto de 2016, o agente penitenciário Enderson Bogas Severi foi vítima de atentado em Naviraí, a 359 quilômetros de Campo Grande. O crime foi atribuído ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e nesta quinta-feira (30), 5 anos após o crime, quatro réus foram condenados pela tentativa de homicídio e por integrarem organização criminosa.
O julgamento, por júri popular, foi presidido pelo juiz Eguiliell Ricardo da Silva, da 3ª Vara Criminal de Dourados. Foram a julgamento Edson dos Santos Bonfim, de 27 anos, Lucas Silva Pimentel, 25 anos, Julio César de Souza Rocha, de 29 anos e Cláudio Peralta Bernal, de 31 anos.
Conforme sentença, Cláudio foi condenado a 18 anos e 1 mês, em regime fechado, Júlio também a 18 anos e 1 mês em regime fechado, Edson a 14 anos, 11 meses e 15 dias em regime fechado e Lucas a 12 anos, 10 meses e 15 dias, em regime fechado.
Relembre o caso
Na época, o atentado foi atribuído em alusão às comemorações do ‘aniversário’ do PCC, que acontece em 1º de setembro. O fato ainda aconteceu menos de um mês após a rebelião no Presídio de Segurança Máxima daquele município. Naquela última quarta-feira de agosto, o agente seguia de motocicleta logo após deixar o filho na creche quando sofreu uma emboscada.
Quatro rapazes em outras duas motos passaram por ele atirando e dispararam cinco vezes, o atingindo quatro vezes. A ação foi filmada por uma câmera de segurança e durou menos de 10 segundos. Enderson foi socorrido e levado ao hospital de Dourados com ferimentos no abdômen, pernas e coluna.
Ele estava consciente e o estado de saúde era delicado, sendo que ele permaneceu internado por algum tempo e três meses depois fazia tratamento em Brasília (DF) por conta das sequelas. Por conta dos ferimentos, o agente ficou paraplégico.
Ato premeditado pelo PCC
As primeiras investigações deram conta que o crime teria relação com a rebelião no Presídio de Segurança Máxima de Naviraí, onde o agente trabalhava desde 2011. Áudios interceptados na época apontavam que os membros da facção combinavam o crime de diferentes cidades do interior de Mato Grosso do Sul e até de outros estados.
Ao todo, 18 envolvidos no crime foram identificados e ações entre Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal ocorreram no decorrer dos meses para efetuarem as prisões. Dois anos após o atentado, em 30 de agosto de 2018, o juiz determinou que os réus passem por tribunal do júri, que ainda não teve datas marcadas.
Além dos já condenados, também foram apontados como autores do crime Cleberton Franco da Silva e Fabiano Nere Santana, o ‘Pitbull’, que seria um dos atiradores e permanece foragido.
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