Justiça extingue processo e Yasmin, filha de serial killer, está livre de crimes

Yasmin não precisará mais cumprir as medidas cautelares que haviam sido impostas

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Cleber
Cleber

A Justiça extinguiu o processo de homicídio e ocultação de cadáver, ao qual Yasmin Natasha Gonçalves respondia pela morte de José Leonel Ferreira dos Santos, de 61 anos, no dia 2 de maio de 2020. Cleber de Souza Carvalho, o serial killer, está preso acusado de assassinar sete pessoas na Capital.

A decisão da impronúncia de Yasmin foi proferida no dia 16 de setembro deste ano, assinada pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, que em sua decisão afirmou que as provas não foram suficientes para indicar júri popular. Em outro trecho, o magistrado diz que Yasmin havia afirmado não ter participado do assassinato e que não ficou sabendo que o pai teria matado a vítima, revelando apenas que tinha ido até a residência para fazer a faxina, e que o pai teria dito que havia comprado a casa.

Além disso, o magistrado relatou que Yasmin “sofre de problemas mentais, tanto que o perito, ao realizar o exame de insanidade mental, concluiu ser ela ‘inimputável’, ou seja, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato e de autodeterminar-se de acordo com esse entendimento.” O juiz ainda delibera que: “Desta feita, reputo por insuficientes os elementos probatórios até então amealhados, os quais não são aptos a propiciar um juízo positivo de admissibilidade da acusação de Yasmim. Isso porque, conforme já discorrido, não se logrou êxito em se demonstrar elementos idôneos para tanto, de participação da acusada. Nesse prisma, repito, a prova produzida na fase policial é frágil de forma a dar azo a levar a acusada à submissão ao julgamento popular.”

Yasmin foi impronunciada tanto nos crimes de homicídio e ocultação de cadáver, ou seja, não responderá por nenhum deles e está livre de cumprir a medidas cautelares a ela impostas, quando da sua liberdade. O advogado de defesa Dhyego Fernandes disse ao Jornal Midiamax que o próximo passo é provar a inocência  de Roselaine Tavares Gonçalves, com a quebra do sigilo telefônico e a reconstituição, que provará que ela não teve ligação com o crime.  

Mortes em Campo Grande

José Jesus de Souza, de 44 anos, conhecido como Baiano, desaparecido desde fevereiro de 2020, teve o corpo encontrado no dia 15 de maio, durante a madrugada. Algumas horas depois, quem também teve o corpo encontrado após escavações foi Roberto Geraldo Clariano, de 48 anos, desaparecido desde junho de 2018, morto durante uma discussão no Recanto dos Pássaros.

Roberto teria sido contratado por Cleber para fazer um trabalho braçal, e durante a briga foi morto com golpe do cabo de uma picareta na cabeça. Ele então foi enterrado em um terreno no Recanto dos Pássaros.

No início da tarde do mesmo dia, o idoso Hélio Taira, de 73 anos, que estava desaparecido desde novembro de 2016, também foi localizado. Cleber fazia reforma em residência na Vila Planalto e, na ocasião, Hélio foi contratado para prestar um serviço de jardinagem, oportunidade em que se desentenderam.

O pedreiro então matou a vítima com pauladas, cavou buraco, enterrou o corpo e depois concretou o local, colocando piso. Por este motivo, o corpo não tinha sido encontrado até então.

Já Flávio Pereira Cece, de 34 anos, desaparecido desde 2015, era dono do imóvel onde foi encontrado enterrado no bairro Alto Sumaré, região da Vila Planalto. Ele era primo do serial killer Cleber, que, segundo a polícia, matou a vítima com pauladas, enterrou e vendeu a residência por R$ 50 mil com o corpo de Flávio enterrado.

Na noite do dia 15 de maio foi encontrado o corpo de Claudionor Longo Xavier, de 48 anos, que saiu de casa no dia 16 abril, foi assassinado e teve a moto XTZ Crosser vendida pelo autor. O veículo foi localizado em residência na Rua Juventus, com outro primo de Cleber.

Na manhã do dia 16 de maio, Timotio foi encontrado morto em um poço dentro de residência na Rua Urano, no bairro Vila Planalto. A primeira das vítimas a ser descoberta foi José Leonel, 61, que havia sido encontrado no dia 7 de maio, enterrado no quintal de casa na Vila Nasser.

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