Juiz solicita perícia médica de urgência e mantém Fahd Jamil preso no Garras
Réu permanecerá em cela da delegacia
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No fim da tarde desta terça-feira (20), Fahd Jamil, de 79 anos, passou por audiência de custódia após se entregar para a polícia na manhã de segunda-feira (19). Ele passou a primeira noite detido em cela do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros), onde deve permanecer preso preventivamente, conforme decisão do juiz.
Réu em processos da Omertà, Fahd passou por audiência presidida pelo juiz Roberto Ferreira Filho, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande. A decisão foi a de manter a prisão preventiva em cela do Garras, conforme acertado com a defesa, a polícia e também a acusação. Isso, por conta da debilidade apontada pelos advogados de Fahd, que a princípio impediriam uma transferência para presídio.
No entanto, o magistrado solicitou a perícia médica urgente para que seja relatado quais problemas de saúde Fahd realmente apresenta. Com isso, haverá um retorno ao juiz, que comunicará a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e definirá o rumo do preso, se continuará em alguma delegacia ou irá para uma unidade prisional. Até mesmo se poderá cumprir prisão domiciliar.
Prisão de Fahd
Fahd passou a noite em uma cela do Garras e de acordo com o advogado de defesa, Gustavo Badaró, está fazendo uso de medicamento necessários, bem como utilizando equipamento para o tratamento de oxigenoterapia, enquanto está detido em uma cela do Garras. Ainda de acordo com o advogado, um pedido para prisão domiciliar já foi feito.
A alegação da defesa seria a debilidade do réu, que apresenta problemas de saúde e que teriam se agravado desde a última negativa de prisão domiciliar, em dezembro de 2020. Conforme o advogado, Fahd Jamil tem enfisema pulmonar, hipertensão, diabetes, não consegue tomar banho em pé, precisa de atendimento e cuidados e de oxigênio constante.
Quando se entregou nesta segunda (19), Fahd divulgou uma carta alegando sofrer ameaças de morte e perseguição. Segundo a polícia, as ameaças seriam por parte do PCC (Primeiro Comando da Capital). Segundo os advogados, Fahd teria decidido se entregar “da noite para o dia” e não teria informado o local onde estava se escondendo.
Réu em processos da Omertà por diversos crimes, ele é apontado como inocente pela defesa e permaneceu foragido por 10 meses, desde a terceira fase da Omertà. Ele se entregou para a polícia no Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande. O filho de Fahd permanece foragido.
Omertà III – Armagedom
O objetivo da terceira fase da Omertà foi de desbaratar organização criminosa atuante em Mato Grosso do Sul, especialmente na região de fronteira, dedicada à prática dos mais variados crimes. Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), são crimes como tráfico de armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro.
Com isso, naquele dia 18 de junho foram cumpridos pelo Garras, com apoio do Batalhão de Choque, Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e GPA (Grupo de Policiamento Aéreo) 18 mandados de prisão preventiva e 2 mandados de prisão temporária. Também houve 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Ponta Porã, Ivinhema e, com o apoio do Gaeco de São Paulo, em Peruíbe.
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