Juiz nega pedido para nova oitiva de delegados sobre desaparecimento e morte de Danielito

Filho de Fahd Jamil desapareceu em maio de 2011

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Danielito
Danielito

Nesta semana, foi indeferido pedido feito pela defesa de Fahd Jamil em julho deste ano, para nova oitiva de delegados sobre o desaparecimento e morte de Daniel Alvarez Georges, o Danielito. Visto pela última vez em 3 de maio de 2011, em Campo Grande, Daniel  pode ter sido assassinado a mando de família ‘amiga’ de Fahd, como apontou investigação da Omertà.

A manifestação foi apresentada no processo que trata da morte de Ilson Martins Figueiredo, policial militar reformado, assassinado em junho de 2018, na Avenida Guaicurus, em Campo Grande. Na peça, o grupo de advogados que representa Fahd relata a denúncia feita pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), de que o réu teria agido por vingança.

Assim, o acusado teria posição de mandante na morte de Ilson Martins, tendo como motivação vingança contra todos os envolvidos no desaparecimento de Danielito. Em um segundo momento, ainda durante as investigações, depoimento de uma mulher acabou ligando o caso ao empresário Jamil Name, que faleceu em 27 de junho deste ano, em decorrência do coronavírus.

Nas audiências, versões apresentadas por testemunhas de acusação teriam apontado suposta ‘armação’ para a morte de Danielito, planejada por pessoas ligadas a Fahd, em Campo Grande. No pedido, a defesa de Fahd chega a citar matéria veiculada pela revista Piauí, de 21 de dezembro de 2020, que retrata como teria ocorrido a morte de Danielito.

A defesa pedia nova oitiva de delegados da força-tarefa, para esclarecerem exclusivamente sobre eventual participação de um dos réus no desaparecimento de Danielito. Também foi feito pedido para que o conteúdo do depoimento prestado pela testemunha, sobre desaparecimento e morte de Danielito, seja compartilhado.

Decisão

O segundo pedido, sobre compartilhamento do depoimento da testemunha, foi deferido. Já a nova oitiva dos delegados foi negada pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri. Para o magistrado, eventuais dúvidas poderão ser esclarecidas caso haja pronúncia e, então, eles ser ouvidos como testemunhas.

Tortura, desaparecimento e morte

A matéria veiculada pela revista Piauí lembra o percurso feito por Danielito momentos antes do desaparecimento. Naquele 3 de maio de 2011, ele almoçou em uma churrascaria na Chácara Cachoeira, seguiu para uma concessionária de automóveis e, ali, foram filmadas as últimas imagens de Daniel Alvarez, na época com 43 anos.

Desde então, Danielito nunca mais foi visto e o corpo nunca encontrado. Em 2019, foi declarada formalmente sua morte, a pedido de Fahd Jamil. Foi em 2020 que o depoimento de uma mulher à Polícia Civil teria associado a morte de Daniel ao pistoleiro José Moreira Freires, o Zezinho, morto em 14 de dezembro de 2020, em confronto com a polícia do Rio Grande do Norte.

Danielito teria sido convidado para uma festa na noite do dia 3. Uma emboscada. Ali, ele teria sido morto a tiros, depois esquartejado e o corpo derretido em um tambor com ácido. Até hoje não há confirmação oficial por parte da polícia sobre o que ocorreu após o desaparecimento de Daniel.

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