Na tarde desta sexta-feira (19), juiz Fernando Cury, da 1ª Vara de Execução Penal, corregedor do regime fechado em , esteve no Presídio da Gameleira. Na unidade, presos e familiares passaram a semana reivindicando alguns direitos como uniformes, colchões e alimentação.

Segundo o magistrado, em algumas reivindicações os presos têm parcial razão e, com isso, foi solicitado à (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) a solução. São questões como a falta de alguns colchões e também de uniformes, que segundo o juiz a Agepen já se comprometeu a solucionar na próxima semana.

Alguns presos também chegaram a relatar que alimentos – que são fornecidos por empresa terceirizada – chegavam azedos. No entanto, a Agepen negou o fato e até mesmo mostrou alimentos que haviam chegado por volta das 15 horas. “Não tinha nenhuma anormalidade, mas vou averiguar. Vamos chamar a empresa responsável e conversar. Se isso estiver realmente acontecendo, será resolvido”, afirmou Cury.

Escoltado pelo , a pedido, já que a unidade abriga presos de alta periculosidade, inclusive lideranças de , o juiz afirmou que a conversa foi tranquila. “Foi uma situação tranquila, sem tumulto. O choque foi chamado para escolta por uma questão de segurança”, disse o magistrado.

Familiares que manifestavam na frente da unidade se assustaram com a chegada da polícia, mas não houve intercorrências. Também conforme o juiz, entre as reivindicações dos presos, estava a necessidade de serem ouvidos. “Eles queriam ser ouvidos e eu fui até lá. O que tiver que melhorar, vamos melhorar”, afirmou. O juiz ainda apontou que a unidade é de regime disciplinar mais rígido, mas que não há problemas como superlotação ou mesmo falta de camas.

Conforme o juiz Fernando Cury, a unidade que tem capacidade para 620 presos, atualmente está com 580 internos. O magistrado esclareceu que não serão oferecidas ‘regalias' aos internos, mas as reivindicações de direito devem ser atendidas.