A operação deflagrada nesta terça-feira (8) da Polícia Federal em conjunto com a Receita Federal tem como alvos ao menos dois conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, além de funcionários fantasmas em um envolvimento de fraude em processos licitatórios e obras superfaturadas.

Durante a operação foram apreendidos dinheiro, documentos. Logo nas primeiras horas da manhã desta terça (8), agentes foram até o prédio do TCE, no Parque dos Poderes em Campo Grande, assim como, no prédio do escritório do irmão de Waldir Neves, ex-presidente do TCE, Vanildo Neves Barbosa, no Jardim dos Estados. Outro endereço em que os agentes foram nesta terça (8) foi no Residencial Damha, onde moraria umdos conselheiros do TCE.

São cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande, Sidrolândia e Brasília, no Distrito Federal. O valor em dinheito ainda não foi revelado. As medidas visam apurar a possível ocorrência de favorecimento de terceiros por servidores públicos, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro e contratação de funcionários “fantasmas”.

Irmão ex-presidente do TCE

Vanildo Neves Barbosa foi assessor especial da Segov (Secretaria Estadual de Governo e Relações Estratégicas) em 2018, na atual gestão do governador (PSDB). O MPMS (Ministério Público Estadual de ) pediu a exoneração dele por ser considerado “ficha suja”. Ele foi ex-vice-prefeito de Aquidauana e é irmão do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Waldir Neves.

Investigações

A investigação apurou o envolvimento de servidores públicos do Estado do Mato Grosso do Sul com um grupo de empresários em fraudes relacionadas a procedimentos licitatórios, obras superfaturadas e desvio de recursos públicos.

Durante as investigações apurou-se irregularidades na apreciação e julgamento de processos relativos à empresa detentora da concessão dos serviços de coleta de lixo e de tratamento de resíduos no município de Campo Grande.

Operação

Estão sendo cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Campo Grande – MS, Sidrolândia – MS e Brasília – DF. As ordens judiciais foram expedidas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Participam da operação 102 policiais federais, além de servidores da Controladoria-Geral da União e Receita Federal do Brasil. O nome da operação decorre de indícios de que a aquisição de direitos relacionados a mineração tenha sido utilizada para lavagem de dinheiro.