Inquérito sobre execução de delegado Paulo Magalhães é arquivado pela Justiça

Foi arquivado pela Justiça nesta segunda-feira (18), o inquérito sobre a execução do delegado aposentado Paulo Magalhães, assassinado no dia 25 de junho de 2013, no Jardim dos Estados, em Campo Grande. O caso foi reaberto no dia 14 de abril de 2020.  Este foi um dos casos reabertos após a Operação Omertà, que resultou em […]

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Foi arquivado pela Justiça nesta segunda-feira (18), o inquérito sobre a execução do delegado aposentado Paulo Magalhães, assassinado no dia 25 de junho de 2013, no Jardim dos Estados, em Campo Grande. O caso foi reaberto no dia 14 de abril de 2020.  Este foi um dos casos reabertos após a Operação Omertà, que resultou em novas provas e suspeitas sobre crimes de execução.

Em decisão, o juiz Carlos Alberto Garcete em substituição na 2º Vara Criminal em despacho entendeu que não havia elementos probatórios suficientes nas novas investigações para apontar Jamil Name, Jamil Name Filho e Gerson Domingos como mandantes de fato do crime.

Três foram denunciados como executores do crime de Paulo Magalhães, José Moreira Freires, Antônio Benites Cristaldo e Rafael Leonardo dos Santos. O ex-guarda-municipal, José Freires estava foragido e foi morto pela polícia do Rio Grande do Norte em dezembro de 2020.

Pedido arquivamento MP

Em dezembro de 2020, o MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) solicitou novo arquivamento do processo sobre a morte do delegado Paulo Magalhães Araújo. Segundo os promotores de Justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos e Moisés Casarotto, não havia provas suficientes para que fosse ofertada denúncia aos indiciados.

À época, a investigação concluiu que a autoria direta do homicídio recaiu sobre o ex-guarda civil municipal José Moreira Freires, o Zezinho, Antônio Benites Cristaldo e Rafael Leonardo dos Santos. Zezinho foi condenado, mas estava foragido e morreu na semana passada em confronto com a Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Cristaldo foi absolvido apesar de recurso do MPMS alegando manifestação contrária às provas dos autos.

Já Rafael Leonardo foi assassinado e esquartejado ainda no curso das investigações. A polícia trabalhou para chegar aos mandantes do crime, mas em razão da ausência de elementos, foi arquivado. Porém, após a deflagração da Operação Omertà, em setembro do ano passado, que desarticulou organizaçãocriminosa ligada a homicídios na Capital, o inquérito sobre a morte de Paulo Magalhães foi desarquivado.

Homicídio na porta da escola

O delegado Paulo Magalhães foi executado na frente da escola da filha em junho de 2013. Assim, os pistoleiros monitoraram o delegado desde a casa dele até a escola da filha, na Rua Alagoas, e lá decidiram fazer a execução. Além disso, foi apurado que o monitoramento teria iniciado às 7 horas e o crime aconteceu às 17 horas.

Naquele dia, o delegado aposentado estava em seu veículo, uma Land Rover, quando foi executado a tiros de pistola dados por Zézinho, Ele estava na garupa de uma moto, pilotada por Rafael Leonardo Santos. Enquanto isso, Antônio Benitez Cristaldo fazia escolta dos dois em um carro.

Depois que os mandados de busca e apreensão e prisão foram expedidos para o trio, Rafael foi encontrado morto. Partes do corpo foram jogados próximo ao lixão da Capital e ele ainda foi carbonizado e decapitado.

Ainda segundo a promotoria, Rafael seria o ‘elo mais fraco’ dos três e poderia contar quem seriam os mandantes do crime. Por isso, foi eliminado e o corpo só pode ser identificado através de exames de DNA. Também foi levantada uma hipótese, extraoficial, de que o crime teria custado R$ 600 mil para que o delegado aposentado, que fazia denúncias em um site de notícias, fosse assassinado.

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