Há pelo menos 20 anos no crime, família de MS comanda tráfico de cocaína mesmo presa
Um dos acusados tinha até regalias em presídio
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Com primeiro processo por tráfico de drogas datado de 2001, família de Corumbá, cidade distante 444 quilômetros de Campo Grande, seria uma das responsáveis pelo comando no tráfico de cocaína em Mato Grosso do Sul. Alvo de operações e denúncias, a família é apontada como liderança de organização criminosa que recentemente se tornou ré.
Ao todo, foram 24 denunciados em processo que resultou na Operação El Camino, em agosto desse ano. Conforme o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em 2019, um dos membros da família chegou a ser preso e, com ele, anotações do tráfico foram encontradas. Com isso, veio a Operação Breaking Bad, que cumpriu mandados em Corumbá, Ladário, Três Lagoas, Ribas do Rio Pardo, além de Birigui e Campinas, no interior de São Paulo.
A partir daí, a organização criminosa especializada no tráfico e lavagem de dinheiro foi identificada, com 24 integrantes em uma estrutura hierarquizada. Os criminosos mantinham, inclusive, imóveis em Campo Grande para o depósito da droga, além de oficinas para modificarem os veículos em que a cocaína era transportada.
Foi apurado que o grupo fazia o transporte da cocaína de Corumbá para Campo Grande e depois distribuía para São Paulo. Entre setembro de 2020 e junho de 2021 o grupo teria feito o transporte de várias remessas de drogas. Com a prisão em flagrante de alguns integrantes, foram apreendidos mais de 760 quilos de cocaína e pasta base, droga estimada em R$ 35 milhões.
Prisão não resolve
O Gaeco identificou ainda que mesmo presos os integrantes da organização continuavam comandando o tráfico e, inclusive, se especializando. A ‘família do tráfico’ já atua no crime há pelo menos duas décadas e adquiriu contatos e influência no meio criminoso, alcançando o posto de um dos principais fornecedores de cocaína e pasta base da região, segundo aponta a denúncia.
Em 2017, um dos membros da família foi alvo da Operação Xadrez, que apurou que ele tinha privilégios no presídio de Corumbá, de onde inclusive usava o telefone fixo do diretor do presídio. A princípio, ele teria sido transferido para o Presídio de Segurança Máxima em Campo Grande, de onde teria continuado a traficar.
O esquema chegou a ser revelado pelo Midiamax na época. No âmbito da Operação El Camino, foi feita denúncia em julho deste ano, sendo decretada a prisão preventiva dos acusados no mês seguinte e também recebida a denúncia pela 1ª Vara Criminal de Corumbá.
Notícias mais lidas agora
- Midiamax entrega ao MP vídeo de David que implica Beto Pereira em corrupção no Detran-MS
- Beto Pereira tem derrota dupla na Justiça Eleitoral ao tentar impedir adversários de citar ‘ficha suja’
- Beto Pereira colocou prima como diretora para facilitar corrupção no Detran-MS, revela David
- Despachante propõe delação ao MP e aponta Beto Pereira como chefe da corrupção no Detran-MS
Últimas Notícias
Interno do semiaberto de Dourados é flagrado com maconha dentro da calça
Droga foi encontrada durante vistoria de rotina
Sombra e água fresca: sábado será de muito calor e temperatura chega a 42°C
Com máxima de 42 °C, Corumbá deve registrar a maior temperatura neste sábado
Mania de Você: Viola decide abrir mão de Rudá e pede Luma para continuar no restaurante
Confira resumo de capítulo que vai ao ar neste sábado (5)
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.