Genro teria discutido com empresário de MS antes de matar família a facadas
Ele foi preso horas após a descoberta do crime e ficou em silêncio
Arquivo –
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Discussão entre o empresário Antônio Soares dos Santos, 65 anos, e o genro Jean Michel de Souza na noite do Dia dos Pais, último domingo (8), teria sido o início do crime que vitimou as três pessoas da mesma família. Antônio, a esposa Helena Marra dos Santos, 59 anos, e a filha Jaqueline Soares, 39 anos, foram mortos a facadas e os corpos encontrados na manhã seguinte.
Preso em flagrante, horas após a descoberta do crime que aconteceu em Umuarama (PR), Jean permaneceu em silêncio e não quis dar declarações. Abatido, ele chegou a alegar que é inocente, mas as provas dizem o contrário. Conforme o Instituto de Criminalística, o crime ocorreu por volta das 22 horas de domingo, após uma discussão entre Jean e o sogro.
Segundo informações do site local O Bem Dito, ainda não está clara a dinâmica do crime, mas a perícia apontou que Antônio, que era dono de empresas em Mato Grosso do Sul, foi o primeiro a ser morto, com uma facada no pescoço. Depois, a esposa também foi assassinada, da mesma forma.
Por último, Jaqueline foi morta, após tentar fugir do marido e se esconder no banheiro do andar de cima. Ela foi assassinada com várias facadas e teria lutado para tentar se defender, conforme apontam as marcas deixadas em seu corpo. As vítimas só foram encontradas na manhã seguinte, pela empregada que trabalhava com a família.
Briga de família
Testemunhas contaram à Polícia Civil que havia muitas brigas entre a família de Jaqueline e o marido dela. Isso, porque ele não se dava bem com a família da esposa e os sogros cobravam uma mudança de postura dele, em relação ao casamento. Jaqueline era advogada e uma amiga confirmou que o casal tinha um relacionamento conturbado.
Até mesmo traições teriam sido descobertas pela vítima. “Ao mesmo tempo que parecia não querer seguir casado, Jean demonstrava um ciúme exagerado. Eu sei que a Jaque queria que desse certo. Ela lutou muito por isso”, disse a amiga.
Manchas de sangue
Dentro da casa da família, havia uma pegada de chinelo em uma das poças de sangue. O calçado coincide com o usado por Jean e manchas de sangue também foram encontradas na lavanderia da casa da mãe dele, além do volante do carro do empresário, um Astra.
Mesmo casados, Jean e Jaqueline moravam em casas separadas. Por conta das discussões, o acusado decidiu morar com a mãe e procurava um apartamento para viver com a mulher, longe dos pais dela. Jaqueline já teria reclamado de agressões e abusos cometidos pelo marido, mas acreditava que as coisas poderiam melhorar.
Frieza
Após o crime, Jean chegou a ir trabalhar na manhã de segunda-feira e disse aos policiais que sabia das mortes, pelas notícias da imprensa. Ele foi levado para a delegacia e a frieza despertou estranheza para os policiais. Conforme o delegado responsável pelo caso, Gabriel Menezes, não é possível dizer se o autor premeditou o crime.
No entanto, ele estava muito calmo e tranquilo, quando foi abordado na loja, sem demonstrar estar consternado com a morte da esposa e dos sogros. Depois, ele foi levado para a casa das vítimas e, mesmo ao redor de todo o sangue, ele não demonstrou qualquer abalo emocional. Até o momento, o caso é tratado como um crime passional e segue em investigação.
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