Funcionária de clínica é demitida após relatar assédio cometido por colega em Campo Grande
Nesta quinta-feira (11), auxiliar de odontologia procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para relatar caso de assédio que sofreu no trabalho. Ela sofria abusos por parte de um funcionário e chegou a denunciar o caso para a proprietária da clínica, mas acabou demitida. Segundo o tio da vítima, de 57 anos, a […]
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Nesta quinta-feira (11), auxiliar de odontologia procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) para relatar caso de assédio que sofreu no trabalho. Ela sofria abusos por parte de um funcionário e chegou a denunciar o caso para a proprietária da clínica, mas acabou demitida.
Segundo o tio da vítima, de 57 anos, a sobrinha iria completar o primeiro mês de trabalho na clínica, quando ela relatou sobre as situações desagradáveis que estava passando. O colega, que é técnico em radiologia, escorava, abraçava a vítima, “trombava” nela como se fosse sem querer. Os abusos eram disfarçados, segundo o tio.
No entanto, na segunda-feira tal funcionário teria passado o órgão genital na vítima, enquanto ela fazia um procedimento. O fato se repetiu após ele passar a mão na vítima, como se fosse sem querer. A jovem chegou a ficar doente pela situação emocional e estressante. “Chegou em casa querendo passar álcool no corpo todo”, contou o tio.
Após relatar o caso para a dona da clínica, a mulher teria dito que tomaria uma providência. No entanto, demitiu a vítima. “Não consigo descrever, porque é nojento”, relatou a jovem de 19 anos. Segundo ela, o técnico foi chamado para realizar o procedimento que ela auxiliava, quando ele se aproveitou para encostar na vítima, a abraçando.
Ainda de acordo com a jovem, outras funcionárias também já relataram casos de assédio por parte do técnico. Ela relatou que ele sempre passava ‘trombando’ nas vítimas de propósito, mas fingindo ser sem querer. “Me sinto reprimida como mulher e como profissional”, disse a vítima.
Também em relato ao Midiamax, ela disse que uma funcionária foi até a clínica fazer treinamento e foi assediada, depois nem voltou mais. “Falei para minha mãe que eu estava com medo. Ontem demorei para dormir. Você só quer ficar em casa, não me sinto bem nem quando meu namorado me toca, porque lembro dele”, contou.
O caso vai ser registrado na Deam e o autor do crime pode ser responsabilizado. Ele deve ser ouvido nos próximos dias.
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