A família de Márcia Catarina Lugo Ortiz, de 57 anos, encontrada morta com um tiro na cabeça na sexta-feira (08), na BR-262, em Campo Grande, não acredita que o marido da vítima, um policial civil aposentado, esteja envolvido de alguma forma com o crime. Ela foi velada na manhã deste domingo (10), no cemitério Parque das Palmeiras, e teve o corpo cremado. O marido acompanhou o funeral e esteve de mãos dadas com a filha.

De acordo com Henrique Golin, promotor de Justiça em Goiás e genro de Márcia, a família não tem nenhuma dúvida de que o policial não teve nada a ver com o ocorrido. “Essa coisa de amante é algo pessoal dele e não tem nada a ver com isso [assassinato]. Para a família, o que nos interessa é deixar o que estão comentando por aí, porque é irrelevante. Por outro lado, temos a preocupação de que isso tire o foco da verdade”, disse Henrique.

As declarações dele dizem respeito a informações veiculadas pela  imprensa de que a vítima vinha, supostamente, seguindo passos de amantes do marido. Contudo, o genro traz à tona outras possibilidades.

“A gente chegou a pensar que poderia ter sido vingança de alguma prisão que ele [o marido] fez. Ele trabalhou na polícia durante 30 anos e se aposentou há 10 anos, está tentando encontrar paz. A polícia ainda não apresentou para a família nenhuma linha de investigação e eles confiam plenamente no trabalho da polícia”, pontuou.

O crime

Márcia estava desaparecida desde a noite de quinta-feira (7), na Vila Carvalho, quando foi vista pela última vez ao entrar em um carro SUV. Conforme relato, ela teria saído da casa da mãe e uma testemunha a viu sendo seguida por um carro tipo SUV. Ao virar a esquina, a mulher entrou no veículo e, desde então, não foi mais vista até ser encontrada morta na BR-262, na tarde de sexta-feira. Ela tinha ferimento por arma de fogo na testa.