Escola de Campo Grande denunciada por maus-tratos já foi condenada após bebê ter mãos queimadas
A bebê de 11 meses teve queimaduras de segundo grau
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Colégio particular de Campo Grande, denunciado no início do mês por maus-tratos contra um menino de três anos, já foi condenado a pagar danos morais, após uma bebê de 11 meses sofrer ferimentos graves na instituição. O caso aconteceu em novembro de 2012 e até hoje o valor ainda não foi depositado para a família.
Segundo apurado pelo Jornal Midiamax, a bebê foi matriculada no colégio para ficar de segunda a sexta, das 7 às 17 horas, já que os pais tinham que trabalhar. Ela ficava sob cuidado de três professoras e, naquele dia 28 de novembro de 2012, apenas alguns dias após ser matriculada, a mãe percebeu os ferimentos graves na bebê.
A menina estava extremamente irritada, chorando e com queimaduras graves nas mãos. Com isso, a mãe levou a vítima até o posto de saúde, onde foi constatado que a criança tinha queimaduras de segundo grau nas duas mãos, com formação de bolhas. No dia seguinte, a mulher procurou a diretora da escola para saber o que tinha acontecido.
Segundo a mãe, a diretora disse que não sabia e que as queimaduras poderiam ser do engatinhamento excessivo da bebê ao sol. A mulher questionou sobre as professoras não cuidarem da criança e não teve resposta. O caso foi denunciado na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) na época e registrado.
Ainda de acordo com a família, a bebê passou um mês sem conseguir engatinhar e uma semana chorando por conta dos ferimentos. A família então entrou com pedido de indenização por danos morais, no valor de R$ 60 mil. O caso foi julgado e decidido que o valor seria de R$ 10 mil.
Mesmo assim, até o momento não há informação de que o valor tenha sido depositado. A defesa da família pediu a execução da pena, bem como pagamento da multa em fevereiro e ainda não teve resposta.
Denúncia mais recente
Uma mãe, de 39 anos, denunciou a mesma escola à Depca após o filho de três anos ter sofrido maus-tratos. O boletim de ocorrência foi registrado no dia 8 de novembro deste ano. Segundo a ocorrência registrada, o menino contou para a mãe que a professora teria segurado ele com força pelo braço e o balançado, colocando-o sentado na cadeira.
Em outra ocasião, a professora teria dito que o ‘jogaria de cima do telhado’. A mãe relatou na delegacia que procurou a escola, mas a diretora teria afirmado que tudo seria um mal-entendido, já que com alunos ‘especiais’ era necessário que a professora fosse mais firme.
A mãe ainda relatou que o filho estava agressivo e não queria ir mais à escola, e que durante um banho que foi dar na criança notou marcas e hematomas nos braços, que o menino disse terem sido feitos pela professora. O menino ainda contou que a professora teria batido em outros dois coleguinhas na sala.
A mãe procurou a reportagem do Jornal Midiamax e relatou, em ligação telefônica gravada, outras marcas que teriam sido comprovadas pelo médico da criança, mas que não serão relatadas por não constarem oficialmente no boletim de ocorrência. Em depoimento especial, o menino contou ter sido furado na perna por um lápis, e por causa de um roxo em sua perna foram pedidos exames pela delegada.
A delegada Fernanda Félix orienta, ainda, que a mãe leve essas novas denúncias à delegacia para que tudo seja anexado ao inquérito e oficialmente investigado. Conforme a delegada, a ata da escola será requisitada e tanto a diretora como a professora serão ouvidas. As outras crianças que também teriam sofrido maus-tratos serão ouvidas em depoimento especial.
A escola foi procurada pelo Jornal Midiamax através de telefone, mas a diretora não atendeu. Um e-mail foi enviado para escola e o espaço segue aberto para manifestação do colégio.
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