Engenheiro agrônomo preso em operação da PF com arma disse que era para sua defesa

Ele afirmou ter comprado a pistola por R$ 4 mil

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O engenheiro agrônomo de 38 anos, preso com uma arma e munições durante a deflagração de operação conjunta da Polícia Federal com a Receita Federal, nessa quarta-feira (24), contra líder de organização criminosa do tráfico de drogas disse ter a pistola para sua defesa pessoal.

Foram deflagradas simultaneamente as operações Canis e Urano, nessa quarta (24), com o cumprimento de mandados de busca e apreensão e prisão. A pistola apreendida na casa do engenheiro foi adquirida, segundo ele há 3 anos pelo valor de R$ 4 mil de uma pessoa que trabalhava com registros de armas.

Ele ainda revelou que comprou a arma por desavenças, na cidade de Amambai. Foram apreendidos ainda pelos policiais federais mais 44 cartuchos que estavam guardados no closet do autor. 

As operações

As investigações tiveram início com a abordagem e fuga do líder da organização criminosa no posto de imigração fronteiriço entre Corumbá e  Bolívia. Quando preso, foram encontrados com o líder da organização criminosa uma extensa contabilidade da organização, 10 aparelhos celulares e documento falso que, após análises, confirmaram o envolvimento do líder com o tráfico internacional de cocaína feito com aeronaves. 

Durante as investigações em fevereiro de 2019, foi apreendida uma carga de quase meia tonelada de cocaína em uma aeronave vinda da Bolívia e identificados diversos participantes da organização.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão e nove de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande e Dourados, em Atibaia, no estado de São Paulo, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, e em Foz do Iguaçu, no Paraná. Também foi determinado o sequestro de um imóvel de luxo, diversos veículos e duas aeronaves. 

Nome da operação: Canis 

Canis aureus é o nome científico do chacal, animal que apelidava o principal alvo da operação, o qual já foi investigado e preso em operações anteriores, todas relacionadas ao tráfico de entorpecentes. 

Operação Urano

Foi iniciada para apurar as atividades de um grupo envolvido com o tráfico internacional de drogas da cidade de Amambai. Em Naviraí, os agentes apreenderam  cerca de 220 quilos de maconha. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, e um mandado de prisão, em Campo Grande e Goiânia.

Nome da operação: Urano

Remete ao nome do principal investigado, que coincide com o nome de uma das luas do planeta Urano.

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