A greve de iniciada por detentos da Penitenciária de Regime Fechado da Gameleira, em , há cinco dias estaria sendo feita por cerca de 150 detentos dos 500 que estão encarcerados no presídio, segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

De acordo com a assessoria da Agepen, “somente parte do pavilhão 1 não pegou o jantar, na noite de quarta-feira (17). E também apenas uma parte dos presos não pegaram o café da manhã nesta quinta-feira (18)”, segundo a nota.

Ainda de acordo com a Agepen, a rotina segue normalmente na unidade prisional, inclusive as visitas virtuais, conforme agendamento com os familiares. São fornecidas três refeições por dia por empresa terceirizada, conforme cardápio definido por nutricionista da empresa, com monitoramento de qualidade pela administração do presídio.

Familiares dos detentos que entraram em contato com o Jornal Midiamax nesta quarta (17) relataram que os pedidos são de melhorias na alimentação, comunicação e colchões. De acordo com a irmã de um custodiado, os presos estariam passando mal durante a greve e com problemas de saúde.

Em uma carta escrita por detento e entregue a parentes por meio de , o preso diz que outros também adeririam ao . Outra familiar diz que o motivo da revolta dos detentos seria alimentos azedos, tratamento precário e redução no tempo de videochamada. “Estão pedindo socorro porque acontecem abusos contra os direitos humanos”, disse.

Em nota nesta quarta (17), a Agepen comunicou que, os custodiados recebem três refeições por dia e o abastecimento da água é regular, além de terem disponível o atendimento de saúde e psicossocial, contato virtual com a família, já que as visitas presenciais estão suspendas, pela Covid-19.

“Desde o último sábado um grupo formado por lideranças negativas passou a recusar as refeições oferecidas, exigindo que sejam autorizadas algumas regalias na penitenciária, entre elas televisores nas celas. Importante destacar que a Agepen atua em conjunto com o Ministério Público e o Poder Judiciário, com correições regulares e audiências com internos no sentido de receber as demandas e atender o que realmente for pertinente”, comunica.

Ainda segundo a agência, os colchões mais antigos foram fornecidos em fevereiro de 2020 quando a unidade foi ativada, assim como os uniformes. “As vestimentas estão sendo renovadas conforme a produção própria em andamento, sendo dever do custodiados zelar por elas. Referente aos colchões, ocorrerão as reposições conforme aprovadas novas aquisições”, finaliza.