Durante investigações sobre o desaparecimento de Aunaurelino Ricaldes, de 51 anos, policiais da DEH (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Homicídio) prenderam dois homens, de 18 e 40 anos, por tráfico de drogas, em Campo Grande. Os policiais ainda trabalham para localizar o homem que desapareceu na cidade de Maracaju, a 160 quilômetros da Capital, na última quinta-feira (8). Um dos presos é amigo da vítima.
De acordo com as informações da polícia, a equipe investigava o desaparecimento de Aunaurelino e tinha informações de que Elisvaldo Cruzarolli Guimarães, de 40 anos, foi a última pessoa a ter contato com a vítima. Ainda, conforme a polícia, contra Elisvaldo havia mandado de prisão em aberto pela Justiça Federal.
De posse dessas informações, os policiais foram até a residência de Elisvaldo, no Jardim Aeroporto, já conhecida por funcionar como boca de fumo. Ao ver a polícia, um homem foi flagrado correndo para dentro da casa e tentou dispensar algo. Essa pessoa foi identificada como Cauan Castro Cavalcante, de 18 anos.
Dentro da casa, estavam Elisvaldo e uma mulher com seus três filhos. Após prenderem Elisvaldo por conta do mandado em aberto, os policiais revistaram a casa e encontraram porções de cocaína. Cauan e Elisvaldo, então, foram presos por tráfico de drogas e associação para o tráfico. A droga foi encaminhada para a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) e os dois ficarão presos preventivamente.
Desaparecimento
A irmã de Aunaurelino, Tânia Recaldes, contou que a família mora em Campo Grande e Aunaurelino é casado. A última vez que viram a vítima foi na quinta-feira, 8 de julho. “Na quinta-feira ele passou aqui às 10 horas da manhã, minha mãe deu dinheiro pra ele abastecer o carro, porque iria para Maracaju”, conta a irmã.
Nesse dia, Anaurelino estava acompanhado de Elisvaldo, com quem tem uma amizade de mais de 10 anos, e também com Cauan. O trio sempre viaja junto, iria fazer um serviço de elétrica e vender o carro da vítima, um Nissan Tida de cor preta, em Maracaju. No entanto, apenas Elisvaldo e Cauan voltaram para Campo Grande.
Elisvaldo conta que, na cidade de Maracaju, teriam usado drogas, momento em que Aunaurelino chegou a dirigir na contramão. Elisvaldo diz que, então, decidiu deixar o carro do amigo e seguiu com Cauan, de ônibus, para a Capital. Os dois estavam sem dinheiro e documentos.
A família está desesperada por uma resposta. A DEH investiga o caso.
