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Polícia

Delegado que acobertou líder do PCC na fronteira vai a julgamento

Ele, um policial e também um advogado, tentaram impedir que Eduardo Aparecido Almeida, vulgo “Piska”, fosse extraditado para o Brasil
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Considerado o número dois do PCC
Considerado o número dois do PCC

A Justiça do iniciou, na tarde desta quinta-feira (9), o julgamento de um delegado, um policial e também um advogado. Eles são acusados de dar proteção e logística a um dos chefes do PCC (Primeiro Comando da Capital), Eduardo Aparecido Almeida, vulgo “Piska”. O criminoso brasileiro foi preso em Assunção e do país em julho de 2018.

O ex-chefe da 4ª Delegacia de Assunção, inspetor Hugo Adalberto Ayala Quiñónez, o oficial Carlos Alfredo Mendoza e o advogado Jorge Darío Cristaldo, segundo informações do ABC Color, respondem por associação criminosa.

A procuradora Lorena Ledesma, da Unidade Especial de Combate ao Tráfico de Drogas e Crime Organizado, ratificou em suas denúncias iniciais que os dois agentes da Polícia Nacional e o advogado prestaram seus serviços a Eduardo, para que ele pudesse circular livremente  em território paraguaio.

O julgamento oral teve início na tarde desta quinta-feira (9) e prossegue nesta sexta (10), a partir das 9h30, com o depoimento de dois agentes da Senad que estavam encarregados da vigilância e reconhecimento do líder da célula “Raio X”,  do grupo criminoso brasileiro.

O Juizado de Penas encarregado do julgamento do caso é presidido pela Juíza María Fernanda García de Zúñiga e integrado por Cándida Fleitas e Juan Carlos Zárate Pastor. Eles vão analisar a denúncia da advogada Lorena Ledesma.

Ayala Quiñónez “não só ordenou ao seu subordinado que realizasse tarefas de custódia, fato totalmente irregular por não haver ordem fiscal e/ou judicial ordenando tal função, mas o arguido tinha conhecimento da identidade de Eduardo Aparecido Almeida e com conhecimento ainda este é como ele praticou o ato”, aponta a acusação.

Por sua vez, o advogado Jorge Darío Cristaldo, acusado de associação criminosa e frustração do processo penal e execução, foi quem conduziu os trâmites de “Piska” perante a Direção Nacional de Migração, a fim de que o chefe do PCC adquirisse permissão para permanecer no Paraguai, com documentos falsos.

De acordo com o Ministério Público, o advogado também facilitou a compra de eletrodomésticos, aluguel de casas e veículos de alto padrão, usando seu nome próprio ou de sua firma Agroganadera Forestal S/A.

Na época em que Eduardo Aparecido Almeida foi preso, contra ele existiam cinco mandados de prisão pendentes expedidos pela Justiça do Brasil. Para evitar a execução dessas ordens, ele utilizou uma identidade falsa chamada Fernando Ferreira da Silva e em março de 2018 entrou no Paraguai para iniciar os procedimentos de arraigo.

Com a ajuda do acusado, conseguiu se estabelecer em Assunção e deu continuidade ao tráfico de armas e entorpecentes, que vinha praticando na República Federativa do Brasil, até julho de 2018, quando foi preso e expulso do Paraguai.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República do Paraguai, na época em que foi preso, “Pisca” era considerado o número dois da facção no país e era responsável pela coordenação do tráfico entre o Paraguai e a Bolívia. Ela também foi apontado como o sequestrador da mãe do jogador de futebol Kleber, que na época era lateral esquerdo do Santos.

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