Com ex-prefeito foragido, nove veículos e dinheiro são apreendidos em Maracaju
Seis dos sete mandados de prisão foram cumpridos e todos serão trazidos para Campo Grande
Arquivo –
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Durante a deflagração da Operação Dark feita pela Dracco, na manhã desta quarta-feira (22), em Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande, nove veículos foram apreendidos e seis pessoas foram presas. O ex-prefeito Maurilio Ferreira Azambuja está foragido.
Informações passadas pela delegada Ana Cláudia Medina são de que uma pessoa foi presa em flagrante por ser encontrado pelos policiais arma e munição, além da apreensão de dinheiro que está sendo contabilizado. Seis munições de calibre .38 foram localizadas em uma pousada.
Foram presos o ex-secretário de finanças do município, Lenilson Carvalho Antune, além de, Daiana Cristina Kuhn, que já foi Secretária Municipal de Administração, Iasmin Cristaldo Cardoso, que atuou como Diretora do Departamento de Tesouraria, Pedro Emerson Amaral Pinto – da Tapeçaria Lobo, Fernando Martinelli Sartor, que atuou como Assessor Especial de Gabinete e mantém ainda ao menos um contrato de R$ 60 mil com a Prefeitura para sublocação de parte da Fazenda Serrinha e Moisés Freitas Victor, pelo prazo de cinco dias.
Foi feito o bloqueio de bens, além de outras medidas cautelares determinadas pela Justiça. A ação mira servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal nos anos de 2019/2020, bem como, empresários e empresas com envolvimento no esquema.
O desvio dos cofres públicos chegou a R$ 23 milhões. Todos os presos serão encaminhados para Campo Grande, onde deverão passar por audiência de custódia.
Cheques desviados
Foi constatada a criação de uma conta bancária de fachada, diversa da oficial e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano.
A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões, a empresas, sem qualquer embasamento jurídico para amparar os pagamentos.
Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação jurídica com a prefeitura — licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas.
Foram encontrados alvos no estado do Paraná. Um deles acabou localizado e preso em um hotel. As ações foram realizadas em Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande e envolveram 60 policiais civis do Estado e ainda na cidade de Umuarama através de uma equipe da PCPR.
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