Com crise na Polícia Civil, Carlos Videira tem férias de 15 dias canceladas na Sejusp

Delegado-geral, Adriano Garcia, está envolvido na crise da Polícia Civil

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Sede da Delegacia-Geral de Polícia Civil no Parque dos Poderes, em Campo Grande
Sede da Delegacia-Geral de Polícia Civil no Parque dos Poderes, em Campo Grande

Após a crise na Polícia Civil de Mato Grosso do Sul com o delegado-geral, Adriano Garcia Geraldo, envolvido em tentativa de interferir no controle do jogo do bicho em Campo Grande, Antônio Carlos Videira, secretário da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) teve suas férias canceladas nesta sexta-feira (12) pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). 

De acordo com a publicação, as férias de Videira acabaram canceladas por 15 dias “por motivo de superior interesse público”. Os 15 dias de férias de Videira seriam remanescentes referentes ao período de 20 de novembro de 2018 a 19 de novembro de 2019.

Já Adriano foi substituído por 15 dias por Rozeman Geise Rodrigues de Paula, que assume o cargo para desempenhar a função no período de 16 a 30 de novembro. A publicação foi feira no Diário Oficial da quinta-feira (11).

Denúncia MPMS

No último dia 9, foi determinada a distribuição imediata pelo MPMS (Ministério Público Estadual) de uma denúncia que tem como alvo a cúpula da DGPC (Delegacia-Geral da Polícia Civil). Segundo informação oficial do Ministério Público, o procedimento deve ser distribuído a uma das promotorias do Patrimônio Público. A expectativa é de que pelo menos um dos titulares dessas promotorias se declare sob suspeição. Atualmente, atuam como titulares os promotores Adriano Lobo Viana de Resende, Fabio Ianni Goldfinger e Humberto Lapa Ferri, da 29ª, 30ª e 31ª promotorias, respectivamente. 

A manifestação foi recebida pela ouvidoria e no mesmo dia determinada a sua distribuição. “Foi determinado o encaminhamento à Supervisão das Promotorias de Justiça Especializadas para distribuição a uma das Promotorias de Justiça com atribuição na área do Patrimônio Público e Social”, explicou a nota enviada ao Jornal Midiamax.

Ainda na quarta-feira (10), o vereador Tiago Vargas (PSD) protocolou um pedido do afastamento junto ao MPMS. Ele chegou a citar nas redes sociais que Adriano não teria “condições éticas e morais para estar à frente da PCMS, pois ameaçou uma delegada que se recusou a citar nomes de investigados ligados ao jogo do bicho”.

Comissão processante

Após o Jornal Midiamax revelar suspeitas apontadas por delegados da Polícia Civil de MS que implicam colegas ligados à cúpula da DGPC, o titular da Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul), Antônio Carlos Videira, explicou que o delegado-geral da Polícia Civil, Adriano Geraldo Garcia, não poderá participar das apurações internas sobre as denúncias, já que está entre os suspeitos.

Nesse caso, Adriano está afastado das investigações, já que faz parte do processo e terá de se declarar impedido de todas as apurações feitas em relação à investigação. A Corregedoria já está em investigação e quando o relatório for remetido à DGPC, Adriano terá de remeter à Sejusp para o secretário Antônio Carlos Videira, que julgará o caso. “Não posso emitir nenhuma opinião sob pena de me declarar suspeito”, disse ainda Videira em entrevista gravada à reportagem. 

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