Na tarde de domingo (7), El Gringo, Clemencio Gonzales Gimenes foi transferido da unidade prisional para um hospital em Assunção, capital do Paraguai. Ele era o terceiro narcotraficante mais procurado naquele país e foi preso em janeiro. Com Covid-19, ele precisou ser encaminhado para a unidade hospitalar.

Conforme as primeiras informações, Gringo passou por exames e o médico legista identificou que ele estava infectado com o novo coronavírus. Assim, o juiz encarregado do caso decidiu pela transferência para o hospital especializado. No domingo, conforme o ABC Color, Gringo foi transferido para a unidade sob forte esquema policial.

Isso, porque há risco de resgate do réu, considerado um dos maiores traficantes daquele país.

Prisão de Gringo

Clemencio Gimenes foi preso no dia 22 de janeiro em (PY), na divisa com Mato Grosso do Sul. Após a prisão, o criminoso foi transferido para a sede do Grupo Especializado, em Assunção, capital do Paraguai. A transferência ocorreu por risco de resgate ou de execução por rivais.

Desde a prisão, toda a região do Departamento de Investigações de Pedro Juan – o mesmo onde houve ataque após a prisão de Bonitão – foi cercada e vigiada. Agentes usavam metralhadoras .50 para repelirem qualquer tentativa de resgate do criminoso, de alta periculosidade.

Com Covid-19, ‘Gringo' é transferido para hospital sob forte esquema de segurança
El Gringo foi transferido para Assunção sob risco de resgate (Reprodução)

Já no dia seguinte, o comboio com dezenas de carros deixou o Departamento em direção ao aeroporto de Pedro Juan Caballero. El Gringo foi colocado em um veículo blindado e levado até a pista de pouso, onde embarcou rumo a Assunção.

El Gringo seria uma das lideranças do tráfico na fronteira com Mato Grosso do Sul e foi preso em um condomínio. Ele ainda tentou fugir, mas acabou se entregando. Gringo estava há mais de 6 anos e é acusado de homicídios contra policiais, desafetos e concorrentes.

A ele é atribuída a morte de Amado Felício Martinez, em 2004, após este ter se envolvido em um acidente que matou o irmão de Gringo. Como vingança, ele foi raptado e executado. Clemencio Gonzales também seria responsável pelo de 260 quilos de cocaína apreendidos na sede da Polícia Nacional em Pedro Juan.

No dia, a droga foi levada em carros particulares e, no local, os criminosos deixaram sacos de farinha. Vários policiais que teriam contribuído com o crime acabaram presos.