Chacareiro, de 34 anos, foi preso em flagrante nesta segunda-feira (22) no Residencial Betaville após a (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista) receber de que ele maltratava sete cachorros. Um dos animais estava com larvas de mosca nos olhos e nenhum tinha proteção contra , sol quente e vento.

Os policiais encontraram três cães da raça boxer, sendo um macho e duas fêmeas, também de propriedade do homem, em um terreno a 100 metros da chácara dele. Em sua residência estavam mais quatro cães vira-latas, três fêmeas e um macho. O terreno tinha dois depósitos de sucata e duas residências.

Conforme o registro policial, todos estavam amarrados em correntes curtas, sem água e comida. A vira-lata de nome ‘Torta' estava em um depósito de sucata e sua vasilha com água exposta ao sol. Outros três, ‘Gaia', ‘Grilo' e ‘Belinha', foram amarrados a uma plantação de banana, também com correntes que impediam a movimentação deles.

O homem alegou que colocou sucatas para que os cães se protegessem do sol, uma delas, máquina de lavar enferrujada. ‘Gaia' estava em um “abrigo” feito com madeira, pallets e ferragens.

Chacareiro é preso por deixar cachorros amarrados em plantação de banana em Campo Grande
4 animais estavam amarrados em plantação de banana. (Foto: Divulgação/ Decat)

Os investigadores concluíram que, além da indisponibilidade de condições mínimas para sobrevivência dos cachorros, o local não tinha piso, nem assoalho ou tapete, o que os colocava em risco maior caso acontecesse uma possível chuva. Além de estarem sem coberturas adequadas, ficariam expostos a ambientes úmidos.

Os cães foram avaliados por equipes do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), e resgatados. Já o autor, foi preso por maus tratos a animais e encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

Decat em Ação

O Programa da delegacia, Decat em Ação, oferece um novo lar à animais resgatados em situação de maus tratos. Após serem examinados e tratados por profissionais capacitados – que incluem médicos veterinários, zootecnistas, agentes de saúde e outros – os animais irão para lares voluntários até encontrarem novos donos, e não para o CCZ.

No programa, a adoção é realizada somente após uma série de etapas, para garantir a segurança do animal com a nova família. É checado se a pessoa interessada em algum deles tem antecedentes criminais, verificada renda e feito um monitoramento, que pode ser quinzenal ou mensal, após o pet ir para o lar adotivo.

Pena e denúncias

Decat recebe denúncias através do e-mail ([email protected]), que pode ser enviado já com as imagens anexadas. O telefone da delegacia é o (67) 3325-2567.

A pena para maus tratos a animais de, no máximo, um ano e quatro meses mudou graças a Lei 14.064/2020, para a pena de dois a cinco anos. A medida visa desestimular maus-tratos e impedir a comutação da pena, que é possível caso a condenação não ultrapasse quatro anos.