Um bilhete interceptado por um professor de uma escola, em uma cidade de Mato Grosso do Sul, acabou na descoberta de estupro de uma menina de 10 anos. O abusador era o padrasto de 41 anos. A mãe ainda tentou culpar o irmão da vítima. 

A menina, que era estuprada desde os 9 anos, teria escrito um bilhete em uma folha de caderno para uma coleguinha falando sobre os estupros, mas, ao passar na sala de aula, acabou sendo interceptado por um professor. O bilhete relatava que os abusos teriam sido cometidos pelo irmão.

Ao prestar depoimento especial, a criança revelou que, na realidade, era estuprada pelo padrasto, e que a mãe teria forjado o bilhete para poder reatar com o marido — o verdadeiro abusador da menina. 

Consta na denúncia que os abusos começaram quando a mãe precisou ser hospitalizada, ocasião em que iria ficar na casa de sua tia, porém o denunciado não permitiu e a levou para casa. Na ocasião, a menina acabou sendo estuprada pelo padrasto. Após isso, os abusos sexuais se tornaram frequentes, sendo que o autor sempre se aproveitava da ausência da mãe da criança para estuprá-la. Ela disse que por medo não contou nada a ninguém. 

Os abusos só vieram à tona quando o professor interceptou o bilhete.

A mãe da menina foi ouvida e afirmou que o irmão da vítima teria sido o autor dos abusos. Quanto ao suposto abuso sexual, que teria sido cometido pelo irmão, a vítima afirmou nunca ter sido abusada sexualmente pelo irmão, e que essa história foi inventada pela própria mãe a fim de reatar o relacionamento com o denunciado. O homem negou o crime.