Pular para o conteúdo
Polícia

Após 12 horas de julgamento, tenente-coronel é absolvida por legítima defesa

Por maioria absoluta, após 12 horas de julgamento
Arquivo -

O Tribunal do Júri absolveu a tenente-coronel Itamara Romeiro Nogueira em julgamento no Fórum de nesta quarta-feira (23), pela morte do seu marido, o major Valdeni Lopes Nogueira, ocorrida em 2016. Após 12 horas de julgamento, quatro dos sete jurados entenderam que ela agiu em legitima defesa. No julgamento, advogado de Itamara, José Roberto Rosa, alegou legítima defesa, pelo fato de que ela era vítima de violência no casamento que era abusivo.

‘Era ele ou eu’

Em depoimento, a coronel da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) Neidy Nunes Barbosa, que acompanhou a prisão e a condução da ré até o hospital, relatou como foi o momento em que Itamara ouviu que o marido tinha falecido. No relato, a coronel lembrou o momento em que acompanhou Itamara na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, logo após o crime. Já escoltada, a tenente-coronel estava bastante transtornada com o ocorrido e até o momento não sabia da morte do marido. “Era ele ou eu”, relatou a coronel Neidy sobre o que ouviu de Itamara naquele momento. “Eu me lembro do olhar dela naquele momento, acho que vou lembrar todos os dias da minha vida”, contou a oficial sobre a ré.

Na UPA, Itamara não recebeu atendimento por falta de médico, então foi encaminhada ao hospital. No estacionamento do hospital, no banco de trás do próprio carro, em que era escoltada, ela soube da morte do marido. “Ela falou que sentia que ele tinha morrido e que só eu iria contar para ela. Foi quando eu falei que ele tinha acabado de falecer”, contou a coronel.

Ainda conforme a oficial, Itamara teria ficado bastante alterada, como se procurasse algo dentro do carro. “Eu quero morrer, não quero mais, não vou viver sem ele”, teria dito no momento. Há informação de que após atirar contra o marido, Itamara teria atentado contra a própria vida.

Também durante o depoimento, coronel Neidy lembrou de ter observado marcas no corpo de Itamara e que ela teria contado que eram de agressões sofridas pelo marido naquele mesmo dia. Para a oficial, a militar contou que queria se separar do major Valdeni e dizia que queria terminar, quando foi agredida a socos e tapas por ele, além de ter sido esganada.

Naquele dia, Valdeni teria ameaçado matar a esposa. A defesa, feita pelo advogado José Roberto de Rosa sustenta a tese de legítima defesa, alegando que Itamara atirou contra o marido para se defender. Sobre os dois disparos que teriam sido feitos, a coronel Neidy pontuou que, em qualquer ação, os policiais são orientados a atirarem duas vezes para conter uma pessoa. São dois disparos feitos seguidos.

Relembre o caso

Durante uma briga em casa, a tenente-coronel efetuou dois disparos contra o marido. O major Nogueira chegou a ser levado para a Santa Casa com um ferimento do tórax, mas não resistiu. Em dezembro de 2016 a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o homicídio e comprovou a versão apresentada por Itamara, a de legítima defesa.

Para a polícia, a militar, que chegou a participar de uma reconstituição do crime, afirmou estar sendo agredida pelo marido e que, no momento em que ele saiu para buscar a arma no carro, ela reagiu. No dia do crime, Itamara foi presa em flagrante, mas acabou liberada logo em seguida e, desde então, responde o processo em liberdade. (Informações de Renata Portela e Dayene Paz)

Defesa alegou legítima defesa, já que Itamara era vítima de violência doméstica

 

 

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Episódios raros de Chaves serão exibidos no SBT durante o mês de abril; saiba detalhes

Vander solicita concessão de honraria da UFMS a Pedro Chaves

Adolescente de Campo Grande que matou médica em MG receberia R$ 20 mil pelo crime

Davi Brito anuncia que será pai pela primeira vez: “Está sendo tudo novo”

Notícias mais lidas agora

Após licitação marcada por denúncias, MPMS vai pagar R$ 24,6 milhões em data center

Evento realizado na Santa Casa

Com déficit de R$ 13 milhões e superlotação, Santa Casa atribui crise ao subfinanciamento do SUS

Mecânico que matou família na BR-060 ficará preso em Campo Grande

VÍDEO: Desentendimento entre presidente de sindicato e vigilante termina em agressão 

Últimas Notícias

Brasil

Indígenas poderão incluir etnia no registro durante evento em Brasília

A inclusão do nome indígena no registro civil passou a ser permitida em dezembro do ano passado

Trânsito

Carreta pega fogo na BR-163 entre Coxim e Sonora

O incidente mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e da CCR MSVia

Economia

Dólar fecha perto dos R$ 6,00 após Trump elevar pressão sobre China

O dia foi negativo para divisas emergentes mais ligadas à China

Polícia

Filho de mulher morta em acidente na BR-060 continua internado na Santa Casa

O pai do adolescente que também sobreviveu ao acidente ganhou alta na segunda-feira