Após 10 horas de negociação, crise em presídio de Ponta Porã acaba e policial penal é libertado
Após mais de dez horas de negociação, detentos da Unidade Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, libertaram um policial penal que estava sendo feito refém desde às 16 horas desta sexta-feira (01). O interno que liderou o grupo solicitava transferência para Santa Catarina e os demais maior atenção nos […]
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Após mais de dez horas de negociação, detentos da Unidade Penal Ricardo Brandão, em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, libertaram um policial penal que estava sendo feito refém desde às 16 horas desta sexta-feira (01). O interno que liderou o grupo solicitava transferência para Santa Catarina e os demais maior atenção nos processos judiciais. Segundo eles, a intenção dessa ação era chamar a atenção da mídia e da Justiça.
De acordo com a Agepen-MS (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) o motim na unidade teve fim por volta das 2h45 deste sábado (02) e o servidor foi liberado sem ferimentos físicos, mas recebeu os primeiros atendimentos pelo Corpo de Bombeiros Militar. “A Agepen garantirá a ele toda a assistência necessária”, disse a pasta.
Ainda, de acordo com a Agência, os três internos e outros quatro que também estavam envolvidos, foram transferidos para um presídio em Campo Grande. Os envolvidos responderão administrativa e criminalmente. “A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio da Agepen e de suas forças policiais, adotou todas as medidas necessárias no sentido de minimizar os danos e a situação no presídio no momento é de tranquilidade. Ao todo, foram cerca de dez horas e meia de negociações”, declarou a Agepen em nota.
A situação de crise iniciou por volta das 16 horas dessa sexta-feira, quando o agente penitenciário foi feito refém pelos presos. Eles o renderam e o puxaram para dentro de uma das celas disciplinares. Outros quatro internos que também dividiam a cela, mas no momento permaneceram no solário, também estavam envolvidos. “Foi uma situação isolada e que não teve adesão do restante da massa carcerária, não configurando rebelião”, explicou a pasta.
Logo que a situação foi instalada, o presídio recebeu reforço na segurança com a presença de mais agentes penitenciários que se deslocaram até o local, assim como policiais militares da cidade. Também participaram do reforço, policiais do Batalhão de Choque, DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Polícia Civil, Gisp (Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário) e Comando de Operações Penitenciárias. O Bope (Batalhão de Operações Especiais) também esteve no estabelecimento Penal, assumindo as negociações por volta das 22 horas.
“Os trabalhos se concentraram no diálogo e com responsabilidade, buscando-se ao máximo garantir a integridade física do servidor feito refém, bem como dos internos envolvidos, além de assegurar a segurança da unidade prisional como um todo. Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil acompanharam trabalhos”, finalizou a Agepen.
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