A convocação em cima da hora, com apenas 4 horas para se apresentarem nos quartéis, pegou alguns militares de surpresa. Cerca de 100 bombeiros tiveram de se apresentar na manhã desta quarta-feira (22) para serem levados para Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, onde irão fazer parte da Operação Hefésios. 

Oficialmente, os militares não reclamam das escalas já que muitos afirmam que fazem parte do serviço deles, mas informalmente em rodas de conversa, muitos militares reclamaram da convocação apertada, com apenas 4 horas de antecedência. Muitos dos oficiais são do interior e tiveram de se apresentar na manhã desta quarta (22), na Capital. 

O tenente-coronel Cesar disse ao Jornal Midiamax que não procedem as informações que circulam de escalas 24×24, já que ressaltou que fisicamente não há condições de se trabalhar dessa forma. Ele ainda falou que, com as convocações, as escalas sofreram alterações, e que todos os militares estão de sobreaviso. 

Ainda de acordo com o tenente-coronel, são 82 dias de combate ao fogo na região de Corumbá, como também em operações paralelas em Jardim e Bonito. Ele ressaltou que fazendeiros e voluntários estão ajudando os militares com moradia e alimentação. Já são mais de 328 quilômetros quadrados de área queimada no Estado. 

Em julho deste ano, algumas atitudes do Comando do teriam chegado em forma de denúncias até a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Áudios de superiores que circulavam pelo WhatsApp inclusive pontuavam que, se necessário, as escalas cairiam.

Incêndio no Pantanal

O incêndio que já dura mais de 70 dias mobiliza bombeiros de e também do Mato Grosso. O fogo começou no estado vizinho, mas adentrou MS pela região da Serra do Amolar, 200 quilômetros ao norte de Corumbá. Além da equipe de militares de MT, 12 bombeiros de MS se revezam a cada 10 dias no local para conter o avanço do fogo para o pantanal sul-mato-grossense.