Mais de 10 testemunhas foram intimadas e participaram da audiência de forma presencial, segundo o site Nova News. Já Alexandre participou por videoconferência. A audiência aconteceu na cidade de Batayporã, precedida pelo juiz Aldrin de Oliveira Russi.

O caso

Fernanda foi encontrada degolada em um milharal no dia 29 de maio deste ano. O advogado teve um relacionamento com a vítima em setembro de 2019. Quando os policiais chegaram a casa, o advogado estava acompanhado pelo vice-presidente da 7ª Subseção OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Outros objetos foram apreendidos e passaram por perícia. Também foi apreendido o veículo Ford Fusion pertencente ao investigado.

No sábado, 1º de junho, logo após o crime, o delegado Phelipe Davanso havia afirmado que nem motivação política ou o crime de feminicídio eram descartados pela polícia. Segundo o delegado, o crime de latrocínio foi totalmente descartado pelas investigações até pelo fato de que alguns pertences pessoais de Fernanda foram encontrados ao lado do corpo, assim como o seu carro que estava na garagem da sua casa.

O advogado se tornou réu por homicídio triplamente qualificado e mais dois crimes após o Poder Judiciário acatar denúncia feita pelo MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul).

No entendimento do MPMS, o crime foi cometido com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele ainda teria ocultado o cadáver da namorada em um milharal, sendo que o corpo só foi encontrado na manhã seguinte. O advogado teria também alterado elementos com fim de induzir as autoridades a erro.