O advogado acusado de dar golpe no firmou um acordo com a entidade e assumiu dívida de R$ 100 mil após ter as contas bloqueadas pela justiça no início do mês. Até então, o asilo havia divulgado em coletiva que o advogado reteve pelo menos R$ 75 mil e exigia R$ 116 mil de restituição.

Conforme a manifestação, inserida nos autos do processo na segunda-feira (8), o advogado reconhece como líquido e certo e confessa a dívida pelo valor de R$ 100 mil. Também foi feito pedido de extinção de duas ações e a desistência das ações que tramitam pelo Juizado Especial Cível.

Com isso o advogado se dispõe a pagar o débito em três parcelas, a primeira de R$ 50 mil e outras duas de R$ 25 mil. Conforme a peça, a primeira parcela já teria sido paga e as outras serão pagas em março e abril. Foi acordado ainda que o processo ficara suspenso até o pagamento integral do acordo.

Porém, em caso de inadimplência, o processo volta a tramitar. Ainda foi inserida multa de 10% em caso de não pagamento de qualquer parcela. Por fim, será feito pedido para a OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil), seccional de Mato Grosso do Sul para suspender as representações contra o advogado em questão. A OAB analisava pedidos de suspensão do registro do advogado.

Golpe no asilo

De acordo com a , o homem seria advogado da instituição, representando-a em questões trabalhistas. Assim, ficaria responsável por fazer o pagamento de processos em aberto e de demissões.

O golpe seria aplicado quando o advogado informava à administração do asilo de que determinado valor havia sido bloqueado pela Justiça. Cerca de um mês depois, ele realizaria depósito de uma pequena quantia para a instituição, retendo o restante e informando que era o valor liberado.

A instituição afirma que isto aconteceu duas vezes, com grandes montantes: a primeira, quando cerca de R$ 35 mil teriam sido desviados; a segunda, quando mais de R$ 40 mil não voltaram para o asilo. De acordo com o documento, parte do valor era referente à uma que o asilo havia ganhado.

A primeira movimentação do asilo em relação ao golpe foi em 31 de agosto de 2020, quando a instituição registrou ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.