Os presos membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) acusados do assassinato da jovem Lailla Cristine de Arruda de 19 anos, em maio de 2019, na cidade de a 351 quilômetros de campo Grande alegaram em recurso na vara criminal da cidade que foram torturados, e devido a isso, toda prova colhida contra eles seria nula.

A defesa do grupo pediu pela anulação, o que resultaria no não julgamento dos oito presos pelo crime: Uanderson Ferreira Ananias, de 25 anos, conhecido como ‘Jamaica'; Odimar dos Santos, 23 anos, conhecido como ‘Piloto'; Victor Hugo Lopes da Cruz, 18; Vitória Valdina Souza da Silva, 18; João Paulo da Silva, 22, conhecido como ‘JP'; Maycon Douglas Almeida, conhecido como ‘Maicola' e Matheus do Nascimento, 22, conhecido como ‘Cuiabano'. Na época um adolescente de 16 anos foi apreendido por participação no assassinato.

Mas, na peça é relatado que a defesa “não demonstrou quaisquer nulidades oriundas do empréstimo da aludida prova”. Por isso foi afastado as preliminares, por não vislumbrar qualquer nulidade, sendo mantida a pronúncia e julgamento pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri. De acordo com a pronúncia, a vítima foi decapitada porque se declarou membro da facção criminosa rival , organização inimiga do PCC.

O crime aconteceu por meio cruel, já que Lailla foi decapitada e teve seu filmado. Também houve recurso que dificultou a defesa da vítima, já que se deduz, em princípio, que a vítima estava à mercê dos autores sem possibilidade de esboçar qualquer reação.

Tribunal do crime e Decapitação

O corpo de Laila Cristina de Arruda, de 19 anos, foi encontrado decapitado no dia 1º de maio, em uma plantação de cana-de-açúcar, próxima ao Rio Confusão, em Sonora. A jovem estava desaparecida há dois dias. Laila foi encontrada por volta das 14 horas e estava com as mãos amarradas para trás. Em uma semana esta é a segunda morte associada ao na cidade. No dia 25, um menino de 14 anos foi morto por um adolescente de 17 após desentendimento por causa de uma mulher.

O celular de Lailla, de onde foram feitas as imagens, estava enterrado no quintal da casa de ‘Jamaica'. No aparelho, a polícia encontrou fotos com apologia a outra facção criminosa, CV, e por isso, a jovem foi sentenciada a morte.

A jovem foi ‘julgada' em um quarto que fica nos fundos de um lava-jato. Ela teria sido atraída até o local pelo ex-namorado, Victor Vinicius e por Vitória Valdina. O grupo irá responder por associação criminosa e homicídio triplamente qualificado.