O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de , manteve a prisão preventiva do pedreiro de Souza Carvalho, acusado de matar ao menos sete pessoas. Em sua decisão, o magistrado avaliou a necessidade da prisão, em procedimento padrão de revisão por conta da pandemia do coronavírus (Covid019). No entendimento dele, ficou evidente não haver motivos para conceder liberdade.

Periodicamente, a Justiça faz avaliação da situação de presos não condenados, em razão da pandemia, e, caso seja viável, pode haver soltura. Neste procedimento especificamente, Cleber responde pelo do idoso Timoteo Pontes Romam, morto em uma residência localizada na Vila Planalto. Em abril deste ano. A vítima conhecia o autor e havia lhe contratado para prestar serviços de manutenção na casa.

Segundo apurado, a vítima havia contraído um empréstimo no valor de R$ 3 mil junto ao réu no final do ano de 2017.Já por volta do final do mês de abril de 2020, a vítima encontrou o pedreiro, ocasião em que relatou que finalmente naquela semana iria conseguir o dinheiro para lhe pagar. Aproveitou a oportunidade e solicitou ao denunciado que fizesse alguns reparos em sua residência, já que trabalhava como pedreiro.

Desta forma, no dia 02 de maio de 2020, por volta das 6:30 horas, Cleber dirigiu-se até a residência de Timóteo para efetuar os serviços. Ao chegar na casa, já no fundo, a vítima disse que não poderia quitar o seu débito porque não havia conseguido o dinheiro mas que iria pagar pelos serviços prestados pelos reparos que havia combinado no imóvel.

“Inconformado pelo fato de que não iria receber o dinheiro, o denunciado, com nítida intenção homicida e sem qualquer discussão prévia, ao visualizar a vítima de costas, apanhou um pedaço de pau (cabo de picareta) que ali se encontrava e, de inopino, desferiu uma pancada na cabeça da vítima em sua nuca, derrubando-a ao solo”, consta na denúncia do Ministério Público. Cleber terminou de matar o morador e jogou o corpo em um poço. O achado do cadáver ocorreu dias depois.