Segundo o advogado de acusação José Roberto da Rosa, uma reconstituição deve ser feita sobre o assassinato do ex-prefeito Dirceu Lanzarini, que foi assassinado a tiros por Luis Fernandes conhecido como ‘Paraguaio’. Em 10 dias o inquérito deve ser encerrado e enviado ao judiciário.
Rosa disse que a acusação irá pedir pelas qualificadoras de motivo torpe e fútil para o homicídio de Dirceu. O genro do ex-prefeito também foi ferido a tiros, e por isso, Luis deve ser indiciado por homicídio na forma tentada. O crime aconteceu em Amambai, a 325 quilômetros de Campo Grande, no dia 24 de fevereiro na propriedade do ex-prefeito.
Paraguaio foi preso depois de passar 17 dias foragido, em uma região de mata próximo ao Rio Pandui, no Paraguai, e se entregou acompanhado de um advogado. Ele estaria cansado de se esconder. Um helicóptero da Sejusp-MS (Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) fez o transporte do acusado.
Motivação para o crime
Luiz teria revelado à esposa a motivação do crime. Ela prestou depoimento e contou para a polícia que o marido confessou o homicídio e disse que fez isso após o genro de Lanzarini ter assumido a administração da fazenda e começar a cobrar os funcionários.
Até então, o ex-prefeito era o único que administrava a propriedade, mas em razão dos compromissos políticos a administração ocorreu à distância por quase dez anos, até a chegada do genro do ex-prefeito. Luiz não teria gostado das cobranças, e por isso, teria assassinado Dirceu a tiros.
Em seguida, ele fugiu e abandou o trator usado na fuga na beira do rio. Dirceu Lanzarini foi assassinado com três tiros, um deles na cabeça. Já o genro de Lanzarini, Kesley Aparecido Vieira Matricardi, foi atingido por dois disparos, um no braço e outro no pescoço, de raspão. Foi ele quem fez o primeiro socorro ao sogro. Os dois foram levados para o Hospital do Coração de Dourados.
Dirceu sofreu uma parada cardiorrespiratória ao chegar no hospital. A equipe médica tentou reanimação por uma hora, mas ele não resistiu.
