Foram dois anos de investigação da Polícia Federal que desencadearam na Operação Status, deflagrada nesta manhã de sexta-feira (11), em Mato Grosso do Sul e também no Paraguai, além Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. Em , o dono de uma loja de revenda de carros acabou preso por fazer parte do esquema de lavagem de dinheiro no tráfico de drogas.

Em Campo Grande, Dourados e Cuiabá, os agentes apreenderam cerca de R$ 20 milhões. No Paraguai foram apreendidos cerca de R$ 150 milhões, dinheiro da família Morinigo, que era a cabeça do esquema da lavagem de dinheiro que usava casas de câmbio. Cinco pessoas da família foram presas, entre elas o pai, e os dois filhos – líderes do esquema criminoso.

Em 2017, em uma das fazendas da família na Chapada dos Guimarães aconteceu uma festa em que teve show de uma dupla sertaneja famosa nacionalmente. Outras duas fazendas da família Morinigo, como imóveis e empresas também foram sequestrados pela Polícia Federal, assim como, bois, máquinas agrícolas e carros de luxo.

As investigações, que começaram há dois anos, tiveram início com o rastreamento feito pela Receita Federal depois que a família precisou dar um cheque caução de R$ 350 mil em um hospital de São Paulo para o tratamento da esposa de Emídio Morinigo. Foram rastreadas cerca de 95 pessoas até a chegada da família. 19 pessoas fazem parte da organização criminosa.

Tráfico de drogas

Em 2006, os irmãos Morinigo acabaram presos com um carregamento de haxixe, em Campo Grande e foi aí que a família se mudou para Pedro Juan Caballero, na fronteira com Pontas Porã.

Os carregamentos de drogas eram feitos dentro de tanques de carros e caminhões e quem era preso acaba recebendo uma mesada da família em torno de R$ 1.500 e R$ 2 mil para não ‘dedurar' a família e não entregar nomes a polícia.

O esquema criminoso tinha como ponto principal a lavagem de dinheiro do tráfico de cocaína, por meio de empresas de “laranjas” e empresas de fachada, como construtoras, administradoras de imóveis, lojas de veículos de luxo. A estrutura,  também contava com uma rede de doleiros no Paraguai, com operadores em Curitiba, Londrina, São Paulo e Rio de Janeiro.

Família presa

Cinco foram presos no Paraguai, entre eles o líder da organização criminosa, Emídio Morinígo Ximenes, seu filho Jeferson Garcia Morinígo, Júlio Cesar Duarte Servian, dono das casas de câmbio; Robson Louribal Ajala que seria o contador da organização e Kleber Garcia Morinigo.