Foi marcada pela Justiça a primeira audiência do caso do de Emerson Salles Silva que foi morto a tiros pelo colega motoentregador Bruno César Carvalho, no dia 13 de agosto, em uma lanchonete na Avenida Mato Grosso. Bruno está preso desde o dia 18 de agosto, quando se entregou após a decretação de sua prisão preventiva.

A audiência foi marcada para o dia 6 de outubro às 13h30, pelo juiz de direito Aluizio Pereira dos Santos. Nesta segunda-feira (31), o (Ministério Público Estadual) denunciou Bruno por dois crimes, por portar ilegalmente a arma de fogo, um revólver calibre 38, além do homicídio.

Briga que terminou em assassinato

Também conforme apontado na denúncia, como Bruno faltou, Emerson teria ficado irritado pelo excesso de serviço na lanchonete. Com isso, os dois tiveram discussões pelo WhatsApp e na quinta-feira Bruno já teria ido trabalhar armado, chegando momentos antes de Emerson.

Logo que chegou, ele questionou se o colega já estava lá e ainda disse “É bom que ele não apareça aqui hoje”. No entanto, em seguida Emerson chegou e os dois já discutiram, momento em que Bruno sacou a arma e fez ameaças. Ainda entraram em luta corporal, quando Bruno pegou novamente a arma, que tinha guardado na mochila, e atirou.

Então, Emerson caiu e depois ainda foi ferido com mais um tiro. Bruno fugiu em seguida, ficou 5 dias foragido até que se apresentou na delegacia. Já Emerson, chegou a ser socorrido após o crime, mas não resistiu aos ferimentos.

Prisão

O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri negou o pedido da defesa de revogar a prisão de Bruno. O magistrado pontua que a manutenção da custódia cautelar é necessária, pela caracterização do crime cometido.

Isso, somado ao fato de que Bruno, após atirar várias vezes contra Emerson, fugiu do local e ficou 5 dias até se apresentar. Ainda é dito que ele teve a oportunidade de não atirar contra Emerson, já que a briga entre eles já tinha terminado. No entanto, ele buscou a arma e fez os disparos.

Além disso, ele teria comprado a arma 5 meses antes do crime e ainda a quantidade de tiros disparados por Bruno mostra a gravidade da conduta do acusado. Por isso, o magistrado afirma que o argumento de legítima defesa não deve ser acolhido nesta fase do processo. Então, foi mantida a prisão preventiva de Bruno.