Preso pela Derf, jovem era único no Estado que desbloqueava iPhones roubados
Foram aproximadamente seis meses de investigação até que jovem de 19 anos, especialista em desbloqueio de celulares, inclusive iPhones, fosse preso nesta semana. Único que realizava tal serviço em Mato Grosso do Sul e um dos poucos no país, ele agora está em liberdade com uso de tornozeleira, após decisão da Justiça. Conforme o delegado […]
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Foram aproximadamente seis meses de investigação até que jovem de 19 anos, especialista em desbloqueio de celulares, inclusive iPhones, fosse preso nesta semana. Único que realizava tal serviço em Mato Grosso do Sul e um dos poucos no país, ele agora está em liberdade com uso de tornozeleira, após decisão da Justiça.
Conforme o delegado Fábio Brandalise, da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), a investigação partiu da observação do ‘desaparecimento’ de iPhones roubados em Campo Grande. Isso porque, com sistema de rastreamento e que não permite o desbloqueio facilmente, tais aparelhos normalmente eram jogados fora pelos bandidos após roubos.
No entanto, há aproximadamente seis meses foi observado que este cenário mudou. Com isso, a Derf conseguiu identificar que o jovem de 19 anos seria o responsável, por agir em parceria com os bandidos e desbloquear os aparelhos. Na casa dele funcionava uma espécie de escritório para tal serviço e ele cobrava de R$ 200 a R$ 1 mil por aparelho desbloqueado.
Os pais chegaram a relatar que pensavam que o filho trabalhava com manutenção dos celulares, mas sem saber da procedência ilícita. Só na casa dele foram encontrados 28 celulares sem nota fiscal ou qualquer registro de procedência. Por isso ele foi preso pelo crime de receptação qualificada.
Celulares roubados
O delegado Brandalise ainda explicou que o crime de receptação pode ser qualificado de formas diferentes. Há o crime em que a pessoa desconfia que o celular é roubado e mesmo assim adquire, também quando ela sabe da procedência ilícita e, no caso do jovem preso, quando exerce atividade comercial sobre tal crime.
O rapaz é apontado como o único no Estado e um dos poucos do país que fazia tal serviço. No dia da prisão, um suspeito de 27 anos também estava na casa, com um celular para ser desbloqueado. A polícia segue investigando se havia uma quadrilha especializada no roubo e desbloqueio dos aparelhos, atuando com o acusado.
Prisão e liberdade
O jovem já foi preso anteriormente pela Derf por conta de um assalto a uma farmácia em Campo Grande, em agosto de 2019. Na época ele e os comparsas foram detidos e depois denunciados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
Já em liberdade, o acusado voltou agora a ser preso, por receptação. Mesmo assim, em audiência de custódia o juiz entendeu que o crime não foi cometido mediante grave ameaça, não qualificando condição de converter em prisão preventiva. Por isso, o rapaz foi liberado, devendo permanecer em recolhimento domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica.
Já na quinta-feira (17), quando seguia para colocar a tornozeleira, ele teria desobedecido ordens dos agentes penitenciários, porque utilizava o celular. Foi recomendado que ele entregasse o aparelho, mas ele se negou, dizendo que era bandido. Por isso foi encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, onde o aparelho ficou apreendido.
Ele assinou um termo por desobediência e retornou para colocar a tornozeleira eletrônica.
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