O dono da fábrica de placas frias, que foi preso durante a madrugada desta segunda-feira (2) pela polícia negou que confeccionava placas para veículos dizendo em seu depoimento, que na realidade fabricava placas decorativas com nomes de pessoas ou times de futebol. Ele teria comprado uma prensa para a fabricação no valor de R$ 16 mil.

Todos os presos nesta segunda (2) passam por audiência de custódia nesta terça-feira (3). Em depoimento após a sua prisão, o homem contou que trabalha em uma empresa de prensa de placas para o Detran, e que com as novas normas do para confecção de placas do Mercosul, seu patrão havia descartado as placas antigas e algumas foram entregues a ele, que se quisesse poderia vender em um ferro-velho.

Ele contou ainda que havia comprado uma prensa, e os jogos de letras para a confecção de placas decorativas pelo valor de R$ 16 mil, e não sabe dizer por que seu sobrinho havia apontado ele como fabricante de placas frias. O dono da motocicleta que estava com uma placa fria e foi apreendida pela polícia contou que não sabia que a moto estava com restrições.

Ele disse que havia comprado a moto há três dias, em uma negociação pelo Facebook, e que havia pago pelo veículo o valor de R$ 7.500, sendo que através da rede social ainda encontrou o rapaz para a confecção de uma nova placa, já que a motocicleta estaria quebrada ao meio. Mas, não sabia que a placa era fria.

Na fábrica clandestina, os policiais encontraram 20 placas veiculares, sendo que algumas estavam escondidas dentro da gaveta de cuecas do dono da fábrica.

A fábrica foi ‘estourada' pelos policiais depois de uma denúncia anônima de que em uma casa, no bairro Tiradentes estava sendo ocultada uma motocicleta esportiva que havia sido roubada, no . Quando os militares chegaram até a residência, encontraram o morador saindo em um veículo Golf. Ele tentou fugir, mas acabou abordado. Aos policiais confessou que estava escondendo a moto, e que havia trocado a placa por um fria que teria comprado pelo valor de R$ 250, de um homem no bairro Santo Eugênio.

Quando os policiais chegaram a casa no bairro Santo Eugênio encontraram o dono da casa e várias placas no local. Ele confessou que revendia as placas pelo valor de R$ 250, mas quem as fabricava era seu tio de 42 anos, morador do bairro Monte Castelo.

Os militares foram até a residência e lá encontraram o dono da fábrica clandestina e várias placas, lacres e arames. O homem confessou que havia trabalhado em uma empresa que fabricava placas e fornecia ao Detran, sendo que teria resolvido fazer a confecção de placas frias para a sua comercialização. Todos foram levados para a delegacia.