Vídeos que circularam pela internet ajudaram a PMA ( Ambiental), a Polícia Civil e o MPMS (Ministério Público Estadual) a flagrar, na última quinta-feira (3), crime ambiental e até trabalhadores em situação análoga à escravidão em uma propriedade rural em , cidade a cerca de 180 km de Campo Grande. Um homem foi preso e três estão foragidos.

Os vídeos em questão atribuem ao governado Reinaldo Azambuja (PSDB) a ordem de e que o governador teria envolvimento com as propriedades. Numa das imagens, um operador de trator exibe toras de aroeira – que são protegidas de desmatamento por lei – arrancadas, que estavam sendo enterradas em valas para abertura de área de lavoura. Em outro, campos eram abertos às margens do Rio Nioaque, área de mata ciliar que também é protegida por lei.

Conforme a PMA, a investigação teve início após esses dois vídeos, que denunciavam desmatamento ilegal na fazenda Salto, viralizarem. De posse do material, a PMA constatou que apenas parte das denúncias seriam procedentes e em fiscalização constatou as irregularidades, como os troncos de aroeiras enterrados que constam no vídeo.

Trabalho escravo

VÍDEO: Polícia flagra crime ambiental e três estão foragidos de fazenda que escravizava crianças em MS
Foto: Divulgação | PMA

Além do crime ambiental, os arrendatários da fazenda, Wanderley Rodrigues da Costa e Wanilton Rodrigues da Costa, que estão foragidos, também estão sendo acusados de promover trabalho análogo à escravidão, uma vez que no local havia 15 pessoas de nacionalidade paraguaia – dentre elas, crianças – trabalhando em condições precárias e sem registro.

Apenas o gerente da fazenda foi preso, pelo crime de porte ilegal de arma. Também está o operador de pá carregadeira, identificado como Danielson de Aguiar Oliveira. Segundo a PMA, as investigações da força-tarefa concluíram que, diferentemente do que dizem os vídeos, o governador Reinaldo Azambuja não teria relação com a fazenda Salto, em Nioaque, e nem com os arrendatários.