PM denunciado por cobrar R$ 200 mil e liberar cigarreiros ganha alvará de soltura

Foi publicado na terça-feira (8) o alvará de soltura do policial militar Rafael Preza da Silva, um dos alvos da Operação Trunk em julho de 2019. Desde então ele estava detido no Presídio Militar, sob acusação de participar de esquema em que havia sido cobrado R$ 200 mil para liberação de uma carga de cigarros […]

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Foi publicado na terça-feira (8) o alvará de soltura do policial militar Rafael Preza da Silva, um dos alvos da Operação Trunk em julho de 2019. Desde então ele estava detido no Presídio Militar, sob acusação de participar de esquema em que havia sido cobrado R$ 200 mil para liberação de uma carga de cigarros em outubro de 2018.

A sentença do julgamento feito pela Justiça Militar foi publicada em maio deste ano e absolveu o soldado Rafael dos crimes de concussão, peculato e falsidade ideológica. Assim, também foi apontado que não existiam provas suficientes para a condenação. Além dele, outros policiais também foram absolvidos.

Mesmo assim, como é réu em outros processos, como no da Operação Piromania, ele pode continuar preso se houver outros mandados de prisão. Ainda pela Trunk, o cabo Rafael Leguiça Flores, o cabo Warlei Anderson Santos do Nascimento e o sargento Wilgruber Valle Ptzold foram condenados. Todos cumprirão pena por peculato e falsidade ideológica.

Cometeram crimes mesmo após operação

A Operação Trunk aconteceu em julho de 2019, ocasião em que o policial Maurício Brandão foi detido após a Polícia Federal descobrir que ele havia cobrado R$ 200 mil para liberar a carga de cigarros em 2018. Isso, supostamente agindo em conjunto com Wilgruber, Rafael Preza e Rafael Leguiça.

Já em novembro do mesmo ano, o grupo teria interceptado uma carga de uma carga de essência de narguilé e liberado o motorista, informando no boletim de ocorrência que ele teria fugido. Então, em 23 de fevereiro de 2019, o mesmo grupo apreendeu uma carga de brinquedos e artigos de pesca, levados por um motorista sem a documentação necessária.

Também não foi feito boletim de ocorrência e o grupo se apropriou dos bens. Já em 12 de março de 2019, os mesmos militares também forjaram uma fuga de dois criminosos. Tal ato mais tarde resultaria no cumprimento de 52 mandados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) na Operação Piromania.

Então, em julho Maurício foi preso na Operação Trunk e, mesmo assim, em 4 de setembro de 2019 o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aponta que Wilgruper e Rafael Leguiça, acompanhados ainda de um terceiro militar, detiveram uma carga na BR-060. Assim, o motorista transportava aparelhos eletrônicos sem nota fiscal e teve a carga apreendida, sem que o boletim de ocorrência fosse elaborado.

Com isso, o homem desconfiou e procurou a Corregedoria da Polícia Militar, o que acabou também resultando em uma operação em 26 de setembro de 2019, pela própria Polícia Militar. Esta, denominada Ave Maria, prendeu seis militares que estariam envolvidos nos esquemas de corrupção, interceptação das cargas e recebimento de propinas.

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