Flávio Arruda Guilherme, de 31 anos, foi preso pela polícia paraguaia suspeito de ser o mentor dos sequestros e assassinatos, em na fronteira com a 346 quilômetros de Campo Grande. Arruda seria membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo o site ABC Color e estaria atrás do clã de Fahd Jamil para firmar o grupo na fronteira.

Arruda é apontado pelas autoridades paraguaias para ser enviado para a região de Amambai e exterminar colaboradores da família de Fahd Jamil e o filho Flávio Correa Jamil, no controle do e armas na região. Ainda de acordo com o site ABC Color, outros chefes do PCC estariam na região, entre eles, André do Rap, que fugiu em outubro deste ano após ser colocado em liberdade, que depois teve a soltura cassada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Dos quatro mortos na fronteira, dois seriam sobrinhos de Fahd Jamil, Riad Salem, Muriel Correa. A guerra pelo domínio da fronteira começou depois da execução de Jorge Rafaat, em junho de 2016. O narcotraficante foi morto com tiros de fuzil. A Polícia Nacional já prendeu dois homens e uma mulher, todos brasileiros, durante investigações dos homicídios. “Jamil está fugindo, então acho que ele está um enfraquecido e vai ser retirado do mercado por outra ”, relatou Fleitas ao explicar os motivos da investida do PCC.

André do Rap estaria na fronteira encarregado pelos dirigentes do PCC a pacificar a fronteira entre o Brasil e Paraguai, por ser discreto e calmo. Com a presença de André do Rap na região as gangues que tentavam dominar a área cessaram os conflitos e se uniram, segundo fontes policiais que estão à procura do narcotraficante em Amambay. Ainda de acordo com a polícia desde 2019 e início deste ano, vários crimes e ataques foram registrados pelas gangues que tentavam assumir o controle do corredor de tráfico de drogas e armas.

Presos

Elivo Balvino Ovelar Espinosa, de 46 anos, considerado chefe disciplinar do PCC na fronteira, e Freddy Osmar Sanabria Cáceres, de 33 anos, foram presos por suspeita de participação do quádruplo homicídio em Pedro Juan Caballero. A mulher que foi presa seria gerente do cassino onde as vítimas foram sequestradas antes da execução. Ela não teria notificado o caso à polícia, motivo pelo qual passou a ser suspeita.