“Falei com eles por telefone 1 hora antes de serem assassinados, estou em choque ainda”, disse a irmã dos gêmeos Alexandre Muller Passos e Rafael Muller Passos, de 31 anos, assassinados com 13 tiros na noite de sexta-feira (25) no Residencial Mata do Jacinto, em .

Sabrina Muller de 28 anos contou ao Jornal Midiamax que os irmãos eram trabalhadores e não tinham envolvimento com drogas. Rafael tinha acabado de ser pai, o filho nasceu 7 dias antes do , “acho que nem deu tempo de registrar direito”, disse Sabrina ainda sem entender o que pode ter acontecido.

A irmã ainda falou que acredita que pode ter acontecido alguma ‘briga por causa de mulher', já que Alexandre ficava ‘briguento' quando bebia e segundo ela alguém pode não ter gostado. Essa seria uma possível linha de investigação da polícia, que chegou a falar com a família sobre envolvimento com facção criminosa.

A hipótese, levantada porque um dos irmãos tirava selfies fazendo um V com as mãos, é rechaçada pela família. Nenhum deles tinha passagem policial.

A irmã de Alexandre e Rafael não acredita nem na possibilidade de ligação com facção criminosa. Ela disse que os gêmeos eram tranquilos e trabalhadores e vieram de Manaus para tentar a vida no Estado, já que lá estava difícil.

O pai dos gêmeos não participa do velório, já que segundo Sabrina ele quer ter na lembrança os filhos vivos e não mortos.

A namorada de Rafael e mão do bebê da vítima, disse que eles se conheceram há 1 ano pelo Facebook, e que estavam morando juntos, até a quando resolveram morar separados por causa da pandemia, já que Rafael que estava trabalhando tinha medo de contaminar a namorada. “Visitei ele na manhã de sexta (25) e quando foi no sábado (26) me avisaram que estava morto, que tinha sido assassinado”, fala a mulher.

Imagens de câmeras de segurança

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que a dupla suspeita de assassinar os gêmeos Alexandre Muller Passos e Rafael Muller Passos, de 31 anos, chega na quitinete dos irmãos, no Residencial Mata do Jacinto, em Campo Grande.

Pelas imagens é possível ver que às 23h13 desta sexta-feira (25) a dupla suspeita do duplo passa em uma motocicleta em frente à quitinete. Em seguida os dois homens passam andando de capacete ainda na cabeça em direção a vila de casas, onde viviam as vítimas.No velório de gêmeos de Manaus, família diz que 'briga por mulher' pode ter causado assassinatos em Campo Grande

Na sequência, a dupla entra pelo portão na quitinete dos irmãos fazendo vários disparos. É possível ver pelas imagens alguns clarões, que seriam os tiros sendo disparados.

O crime

O crime aconteceu por volta das 23 horas de sexta-feira (25) e testemunhas contaram aos policiais que os irmãos estavam na quitinete, que fica na rua Domingos Giordano, quando viram dois homens em uma motocicleta preta, modelo Titan, chegar ao local.

A dupla desceu e foi em direção a quitinete dos irmãos. Os homens fizeram 13 disparos sendo que Rafael foi assassinado com sete tiros que atingiram seu pescoço, tórax, perna, axila e punho. Seu irmão Alexandre foi morto com seis tiros, que atingiram as pernas, nádegas e braço.

Também foi visto na região antes da motocicleta chegar, um carro Gol com insulfilm e rodados pretos. No local, os policiais encontraram cápsulas e projéteis que foram recolhidos. O caso é investigado.

 

(Matéria atualizada às 09:08 para acréscimo de informação)