Suspeita de envolvimento no assassinato da servidora pública municipal Nathália Alves Correa Baptista, de 27 anos, ocorrido no ano passado em Porto Murtinho, a 454 quilômetros de Campo Grande, a professora Regiane Marcondes Machado teve o pedido de prisão domiciliar negado pela justiça. Ela tentou se beneficiar de recomendação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que previa a liberação de presos provisórios como forma de minimizar o risco de contaminação durante a pandemia do coronavírus ().

De acordo com o advogado Luciano Caldas dos Santos, Regiane está presa provisoriamente no Estabelecimento Penal Feminino Irmão Irma Zorzi, na Capital, e tem filho menor de 12 anos, motivo pelo qual poderia ser liberada para ficar presa em casa, mediante medidas cautelares. “Os filhos dela estão com o pai, mas só estão com ele porque ela está presa. No entanto, apesar do crime que ela responde, ela não tem nenhum problema com os filhos e poderia ser beneficiada”, comentou.

Além disso, no último dia 13 deveria ter ocorrido audiência do caso, mas por conta da suspensão de diversos serviços presenciais em razão do coronavírus (Covid-19), o juízo da Comarca de adiou o procedimento, mas não remarcou data. Por este motivo, a defesa ingressou com pedido de habeas corpus junto ao (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), na segunda-feira, e aguarda julgamento do recurso.

Quanto ao envolvimento no crime em si, Luciano afirma que Regiane participou apenas da ocultação de cadáver e não incitou o comparsa José Romero, principal suspeito, a matar Nathália como prova de amor. “O erro dela foi ter ajudado a esconder o corpo perto da churrasqueira na casa onde foi encontrado”, comentou. Conforme já noticiado, o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra Regiane e José Romero.

Romero matou Nathália com golpe de barra de ferro na cabeça, como suposta prova de amor à amante Regiane, rival da vítima. Após o crime, o corpo foi carbonizado com o objetivo de ocultá-lo. Na noite do dia 15 de julho deste ano, Romero e Regiane atraíram Nathália até à pousada administrada pelo homem. Na ocasião, ele teria utilizado substância para deixar a vítima inconsciente e, em seguida, desferido golpe com uma barra de ferro na cabeça dela.

O casal queimou o corpo de Nathália, o colchão onde ocorreu o crime e os pertences da vítima, bem como se desfez dos restos mortais, jogando-os no rio . Na tentativa de apagar os vestígios, Romero teria lavado o local do delito e passado substância corrosiva no piso, bem como realizado pintura nas paredes, além de ter mandado cimentar o lugar em que o corpo da vítima foi queimado.

Com base nas apurações, o Ministério Público Estadual denunciou os suspeitos pela prática dos crimes de homicídio qualificado, que prevê pena de 12 a 30 anos de reclusão e multa, e de destruição de cadáver, com pena de 1 a 3 anos de reclusão e multa. José Romero está preso no Presídio de Trânsito, em .