Agora, a Polícia Civil deve ouvir a mãe da menina de 12 anos, que foi acorrentada no último sábado (4) pelo pai que acabou preso, em , para saber se a mulher teria sido omissa em relação aos maus-tratos que a menina sofria.

De acordo com a delegada Franciele Candotti da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente), se ficar comprovado que a mãe da adolescente era conivente com os maus-tratos sofridos pela filha, a mulher poderá ser indiciada pelo crime e se ficar comprovado a tortura, o pai da vítima será indiciado pelo crime modificando a tipificação.

Os irmãos da menina também serão ouvidos para saber se sofriam maus-tratos também pelo homem. Ainda segundo a delegada, será apurado se o que disse acompanhar a família teria passado os fatos a autoridade policial. A menina foi retirada do convívio familiar e levada para um abrigo, após afirmar que a mãe sabia das agressões e nada teria feito.

Na última segunda-feira (6), o pai da adolescente passou por audiência de custódia e teve sua prisão preventiva decretada. Ele já tinha processos por maus-tratos desde 2015. O homem foi indiciado por cárcere privado e . A prisão aconteceu no último sábado (4).

Entenda o caso

O homem levou a filha até o Batalhão da Polícia Militar do Coophavila, no último sábado (4), após contar aos militares que havia acorrentado a menina para evitar que ela se encontrasse com um namorado. No dia a adolescente teria contado ao pai que estaria grávida.

Mesmo acorrentada, a menina conseguiu fugir e foi encontrada pelo pai no cruzamento das ruas com Península, sendo levada para o pelotão policial. Os militares acionaram o Conselho Tutelar para acompanhar o caso e questionaram se a menina era agredida pelos pais, fato confirmado por ela. A menina tinha hematomas no braço e nas pernas e confirmou que foram provocados pelo pai.

A mãe da adolescente contou que que a menina fugiu na sexta-feira (3) e quando voltou para casa contou que estava grávida. O pai se alterou, mas a mãe começou a questionar a filha sobre como ela sabia que estava grávida. O fato acabou desmentido quando a menina disse que fez um teste no posto de saúde, já que o posto teria acionado o Conselho Tutelar e a família caso ela estivesse grávida.