Líder do PCC preso na fronteira pode deixar presídio se pagar fiança de R$ 80 mil
Após parecer do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o juiz Marcelo Guimarães Marques de Ponta Porã, decidiu nesta quinta-feira (23) pela liberdade de Edson Barbosa Salinas, de 32 anos, e Rodrigo Antunes Flores, de 28 anos. Apontados como lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital), eles podem deixar o presídio mediante pagamento […]
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Após parecer do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o juiz Marcelo Guimarães Marques de Ponta Porã, decidiu nesta quinta-feira (23) pela liberdade de Edson Barbosa Salinas, de 32 anos, e Rodrigo Antunes Flores, de 28 anos. Apontados como lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital), eles podem deixar o presídio mediante pagamento de fiança.
O juiz determinou a liberdade imediata do rapaz de 23 anos, preso junto com Salinas e Rodrigo na noite de domingo (19) durante a briga de trânsito. A condição é que ele deverá manter o endereço atualizado em juízo. Ele responde apenas pelo crime de porte ilegal de arma de fogo. Já para os outros dois envolvidos, altos valores de fiança foram arbitrados.
Rodrigo será colocado em liberdade mediante pagamento de R$ 40 mil em fiança. O juiz justifica o valor elevado porque ele se declara empresário, estava em uma SW4 no momento da prisão e como mora na fronteira seca com o Paraguai, há alto risco de que não compareça quando for intimado. Além disso, deverá assinar um termo de compromisso de que deve comparecer a todos os atos do processo e manter o endereço atualizado. Além disso deve comparecer mensalmente e juízo para justificar endereço e atividade lícita.
O terceiro que passou por audiência de custódia foi Edson Salinas, o ‘Salinas Riguaçu’, apontado como atual liderança do PCC na fronteira, já que o antecessor Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro’, atualmente está no Presídio Federal de Brasília. Para ele também foi dada a liberdade, mediante pagamento de fiança de R$ 80 mil.
O juiz afirmou que o alto valor foi arbitrado já que Salinas afirmou em depoimento que tem três empregos e “aparenta ostentar riqueza”, já que tinha aproximadamente R$ 17 mil em espécie no momento da prisão em flagrante. Ele também deverá assinar termo de compromisso, afirmando que comparecerá a todos os atos do processo e deverá manter o endereço atualizado, comparecendo mensalmente em juízo para justificar endereço e atividade lícita.
Edson e Rodrigo estão atualmente no PED (Presídio Estadual de Dourados). Todos os bens apreendidos pela polícia deverão permanecer retiros pela autoridade policial, para que o Ministério Público diga em 10 dias se há interesse nos mesmos para fins de investigação ou se seriam produtos de crimes.
Manifestações
O delegado de Campo Grande havia representado pela prisão preventiva de Edson e também de Rodrigo. Os dois são apontados pela inteligência da polícia como lideranças do PCC na fronteira, que teriam atuado em crimes de pistolagem e ainda poderiam ter auxiliado na fuga dos detentos do Presídio de Pedro Juan Caballero.
Mesmo com todas as afirmativas e denúncias, o MPMS declarou que não houve provas concretas apresentadas no processo, além de que a vítima na briga de trânsito não representou contra os autores por ameaça. Por isso, eles acabaram indiciados apenas nos crimes de porte ilegal de arma e Rodrigo também por dirigir embriagado.
Pelo porte, a pena máxima de 4 anos de reclusão, não justificando que eles sejam mantidos em prisão preventiva. O juiz pontua na decisão que a repercussão do caso aconteceu pela suspeita de Edson ser líder de facção criminosa, mas que o flagrante não tem sequer mínima relação com este crime, já que foi feita a prisão durante uma briga de trânsito.
Por fim, o juiz também reitera que os acusados não têm antecedentes criminais em território brasileiro, o que dificultaria ainda mais a manutenção da prisão em flagrante para preventiva.
Relembre a prisão
A princípio, o rapaz de 23 anos, que também portava uma pistola no carro, estava a caminho da casa da sogra com a família em um Gol quando deu sinal de luz alta para o condutor da SW4 que estava na frente dele. Rodrigo então teria freado, momento em que o condutor do Gol deu seta e ultrapassou pela direita.
Neste momento, Edson que estava no banco do passageiro da SW4 teria apontado a pistola para o motorista do Gol. Os envolvidos desceram dos carros, quando teriam começado as ameaças por parte de Salinas para o outro motorista. “Você não me conhece, eu vou te matar, você não sabe com quem está mexendo”, teria dito.
Viaturas da Derf e Garras que faziam rondas pela região foram abordadas pelo condutor do Gol e acabaram prendendo os três envolvidos em flagrante. Além das armas de fogo, foram apreendidos R$ 20 mil em reais, dólares e guaranis que estavam na SW4.
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