Lesões antigas já cicatrizadas na menina de 3 anos, que foi internada com fratura exposta na perna na Santa Casa de Campo Grande, na madrugada de terça-feira (21) indicam que mãe de 21 anos seria a torturadora da criança, segundo a delegada Franciele Candotti da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

Segundo a delegada, o casal estava junto há um mês e a menina tinha muitas lesões já cicatrizadas o que indica que a mãe era a agressora, mas que o padrasto também teria agredido a enteada. Candotti disse que a mulher em momento algum durante as poucas palavras que disse no depoimento teria defendido o marido, que supostamente seria agressor dela.

Sobre o bebê de oito meses, a delegada afirmou que foram constatadas algumas lesões no menino, e que foi feito pedido para que o bebê também passe por exames de corpo de delito. A menina de 3 anos internada na Santa Casa se recuperando de uma cirurgia para correção da fratura na perna. Não há previsão de alta.

A mãe e o padrasto foram presos em ação entre a Polícia Militar e a Polícia Civil, por meio do Cepol (Centro de Polícia Especializada.  Na noite de segunda-feira (20), a vítima deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Leblon com fratura exposta na perna. A mãe da menor alegou que o ferimento era resultado da queda do berço. A equipe médica, porém, desconfiou da história, principalmente porque a menina apresentava inúmeros outros machucados pelo corpo.

A mulher foi ouvida por uma assistente social, mas se esquivava em responder perguntas sobre endereço ou sobre o homem que havia chegado com ela na UPA e pouco ido fora embora. Por este motivo, a polícia foi acionada, pois havia fortes suspeitas de que a criança vinha sendo agredida e a mãe estava tentando acobertar o caso.