Justiça mantém prisão de sobrinho que matou agiota a tiros após revisão

Sem fatos novos que justificassem a liberdade, Miguel Arcanjo Camilo Junior, preso pelo homicídio do tio Oswaldo Foglia em 15 de julho de 2019, continuará detido. A decisão foi tomada na revisão da prisão preventiva do réu, que é comumente feita a cada três meses. Na decisão, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª […]

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Miguel é acusado de matar o tio por causa de uma dívida. Foto: Marcos Ermínio
Miguel é acusado de matar o tio por causa de uma dívida. Foto: Marcos Ermínio

Sem fatos novos que justificassem a liberdade, Miguel Arcanjo Camilo Junior, preso pelo homicídio do tio Oswaldo Foglia em 15 de julho de 2019, continuará detido. A decisão foi tomada na revisão da prisão preventiva do réu, que é comumente feita a cada três meses.

Na decisão, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, esclarece que não há fatos novos para a liberdade de Miguel. Ainda é pontuado que a prisão tem fundamento e que não haveria razão de conceder liberdade apenas para desafogar o sistema prisional.

Também é esclarecido que crime de homicídio não pode ser visto como qualquer outro crime, a efeito de liberdade provisória. Por isso, foi mantida a prisão de Miguel e marcada a próxima revisão para o dia 25 de setembro. Além disso, é aguardada a autorização para realização do júri por videoconferência por parte do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).

Homicídio e prisão

Conforme as investigações da polícia, a motivação do crime seria uma cobrança feita por Oswaldo para Miguel. Trata-se de um serviço contratado por um político do interior do Estado, no valor de R$ 150 mil.

A denúncia relata que Miguel Arcanjo teria feito o intermédio entre o tio e a contratação por este político, que teria desfeito o acordo depois de Oswaldo ter agido de forma violenta. No entanto, Miguel não teria contado ao tio sobre o desacordo e acabou passando cheques para a vítima na tentativa de quitar a dívida de R$ 150 mil.

Assim, próximo dos cheques serem descontados, Oswaldo teria ido até a conveniência exigindo o dinheiro. Foi então que Miguel efetuou nove disparos contra o tio, sendo que três acertaram o agiota que morreu no local.

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