Índios atiram contra a polícia e clima continua tenso em área de conflito em Dourados

O clima continua tenso na área de conflito entre indígenas e fazendeiros na cidade de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande. As informações apuradas pela reportagem são de que alguns dos indígenas estão armados com revólveres. A manifestação do grupo desde o início da manhã desta sexta-feira (3) já deixou quatro feridos a tiros, […]

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Três foram feridos em conflito. Foto: Marcos Morandi
Três foram feridos em conflito. Foto: Marcos Morandi

O clima continua tenso na área de conflito entre indígenas e fazendeiros na cidade de Dourados, a 225 quilômetros de Campo Grande. As informações apuradas pela reportagem são de que alguns dos indígenas estão armados com revólveres. A manifestação do grupo desde o início da manhã desta sexta-feira (3) já deixou quatro feridos a tiros, três indígenas e um segurança dos produtores rurais.

Além do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Polícia Militar e PRE (Polícia Rodoviária Estadual) também estão no local. Um agente da Funai (Fundação Nacional do Índio) chegou há pouco no local de conflito.

De acordo com as informações, os indígenas fizeram um bloqueio na estrada, sendo que estão armados com facões e armas de fogo. Eles teriam, inclusive, apedrejado um carro do Corpo de Bombeiros. Os manifestantes, cerca de 50, também chegaram a atirar contra a polícia, que foi ao local tentar desbloquear a pista.

Durante o conflito, dois indígenas feridos por tiros e o segurança estão internados em estado grave no hospital de Dourados. O carro do Jornal Midiamax, também acabou sendo atingido por pedras e facões pelos indígenas durante o desbloqueio da estrada, na cobertura da reportagem. O repórter não ficou ferido.

A disputa de uma área que fica na região urbana da cidade começou em outubro de 2019. No início de dezembro, com a intensificação dos conflitos um produtor rural chegou a fabricar um trator blindado para continuar plantando na propriedade rural. Segundo o produtor rural, a medida era uma tentativa de se proteger do conflito fundiário com indígenas que se arrasta há décadas na região.

No dia 4 de dezembro, oito funcionários da fazenda estavam realizando o plantio com quatro tratores, entre eles, o blindado, quando aproximadamente 70 indígenas teriam chegado e começado a expulsar os trabalhadores. Segundo a ocorrência, um dos suspeitos ainda teria disparado na direção de um dos tratores e o grupo teria tentado atear fogo utilizando coquetéis molotov.

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