A empresa SIT contratada para a instalação das câmeras de segurança, no presídio de , a 346 quilômetros de Campo Grande, de onde fugiram os 75 membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) disse que todas as 16 câmeras estavam funcionando no momento da .

Segundo a empresa, logo após a fuga por volta das 10 horas da manhã de domingo (19), um agente foi até a penitenciária e retirou todas as imagens captadas nos últimos seis meses. De acordo com o advogado da empresa, ela não seria responsável por monitorar e alertar sobre movimentos suspeitos. A função da empresa seria meramente técnica, disse o advogado ao site ABC Color.

Segundo informações passadas, na sala do diretor do presídio havia a transmissão das imagens das câmeras de segurança podendo acompanhar tudo que acontecia dentro do estabelecimento penal. Também havia monitoramento das câmeras pelo .

O Ministério da Justiça afirmou nesta quarta-feira (22), que não possui o armazenamento das imagens, mas que tem certeza de que os funcionários encarregados dessa área poderão ver “ao vivo” tudo o que aconteceu e “é provável” que também tenha gravações.

Laboratório de drogas

A polícia paraguaia encontrou a 150 metros da penitenciária de onde fugiram os 75 presos membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), nesta terça-feira (21) em Pedro Juan Caballero, um laboratório de drogas que fornecia e cocaína aos detentos.

O laboratório foi encontrado em um assentamento a 150 metros da penitenciária. No local foram apreendidos 27 quilos de crack e cocaína que era fornecida a detentos idosos e a reclusos do Centro de Educação Infantil, que fica a 40 metros do local.

Pedido de segurança

O presidente da Corte Suprema de Justiça do , Eugênio Jiménez, solicitou que sejam adotadas medidas de reforço na segurança de juízes, funcionários e sedes do Poder Judiciário em todo o país, após a fuga.

A ação tem como objetivo prevenir eventuais ataques da facção brasileira aos representantes do judiciário, em razão de condenações e apreensões que causaram prejuízo ao crime organizado. Não é descartado que os criminosos aproveitem a situação para promover retaliações. As autoridades paraguaias acreditam que a fuga se trata, na verdade, de uma liberação, que contou com a ajuda de agentes.

Fuga

Por volta das 5 horas da madrugada de domingo (19), detentos membros do PCC teriam fugido através de um túnel escavado de dentro da unidade até o lado de fora. Mais de 70 metros escavados, mais de 200 sacos de areia deixados em uma das celas da penitenciária e o fator mais questionado foi se nenhum agente penitenciário viu a fuga ou mesmo a escavação ou sequer suspeitou. Até o momento, seis deles foram recapturados no Paraguai e Mato Grosso do Sul.