A família do jornalista assassinado Leo Veras, na noite desta quarta-feira (12), em , na fronteira com disse ter medo agora por não saber os motivos pelos quais ele foi morto, apesar das várias ameaças que vinha sofrendo por causa de matérias, que denunciavam o crime organizado no Paraguai.

Uma das filhas do jornalista, que não será identificada para sua proteção, disse ao Jornal Midiamax que todos da família estão com medo agora por que não sabem se os autores do crime poderiam ser conhecidos do jornalista. “Não se sabe de fato o que aconteceu”, disse a jovem.

Ela ainda contou que na quarta (12) havia conversado com seu pai pelo telefone onde ele teria dito que estava com saudades da filha, sendo que ela havia combinado de visitá-lo ainda nesta semana, em Pedro Juan Caballero. Segundo a jovem, Leo achava que nada iria acontecer com ele apesar das ameaças.

“Ele achava que nunca ia acontecer nada com ele pelo fato de conhecer muitas pessoas”, disse. O filho caçula do jornalista viu o pai ser morto com 12 tiros. A família jantava no momento em que três pistoleiros invadiram a casa e efetuaram os disparos pelas costas de Leo, sendo que um dos tiros foi desferido na cabeça quando ele já estava caído no chão.

A polícia já teria pistas dos assassinos do jornalista. O crime seria por causa de publicações feitas pelo jornalista que denunciavam o crime organizado na fronteira. A polícia paraguaia disse na manhã desta quinta-feira (13), que não sabia que o jornalista estava sofrendo ameaças, e que só tomou conhecimento dos fatos depois que foram informados pela família do jornalista. Leo tinha proteção policial, que foi retirada há oito anos. Não se sabe os motivos para a proteção do jornalista ter sido retirada.

O corpo do jornalista está sendo velado no Parque das Primaveras, em Pedro Juan Caballero e o sepultamento deve acontecer na manhã de sexta-feira (14).